A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais acelerou em março, quando foi registrado um aumento real (descontado a inflação) de 18,49% contra o mesmo mês de 2020, para R$ 137,932 bilhões no mês passado, informou a Secretaria Receita Federal nesta terça-feira (20).
ARRECADAÇÃO FEDERAL
Em %, na comparação com o mês anterior
Fonte: Receita Federal
Segundo números oficiais, esse foi o melhor resultado para meses de março desde o início da série histórica em 2007, ou seja, em 15 anos. No mesmo período do ano passado, a arrecadação somou R$ 116,410 bilhões. Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
ARRECADAÇÃO FEDERAL
Para meses de janeiro, em R$ bilhões
Fonte: Receita Federal
A arrecadação federal ainda não sentiu os efeitos da segunda onda da Covid-19 no Brasil, pois ela é resultado de fatos geradores de fevereiro. A pandemia começou a ser sentida novamente, com mais intensidade, em março deste ano, com possíveis reflexos na arrecadação de abril.
Além disso, de acordo com a Receita Federal, a arrecadação do mês passado foi influenciada por “recolhimentos atípicos” de, aproximadamente, R$ 4 bilhões, por algumas empresas de diversos setores econômicos no Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).
As compras do exterior, de acordo com o órgão, também ajudaram na arrecadação. Em março, informou a Receita Federal, houve um aumento real de 50,92% no recolhimento do Imposto de Importação, para R$ 9,099 bilhões.
“Esse desempenho é explicado pelos seguintes fatores: elevação de 15,61% na taxa média de câmbio, de 24,72% na alíquota média efetiva do I. Importação e de 36,37% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado, combinada com a redução de 5,16% no valor em dólar (volume) das importações”, informou a Receita Federal.
Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 445,900 bilhões. O valo representa uma alta real (descontada a inflação) de 5,64% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 426,287 bilhões) e novo recorde para o período, ou seja, em 15 anos. A série histórica do Fisco tem início em 2007.
De acordo com a Receita Federal, houve recolhimentos atípicos de R$ 10,5 bilhões em IRPJ e CSLL nos três primeiros meses deste ano, contra R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano passado, por empresas de diversos setores econômicos, o que ajudou o resultado de 2021.
Fonte: G1