A colheita de soja no Rio Grande do Sul avançou para 96% da área cultivada, conforme informou a Emater-RS nesta quarta-feira (6). O progresso representa um aumento em relação à semana anterior, quando 94% das lavouras haviam sido colhidas. Em comparação, na mesma época do ano passado, os trabalhos já estavam completamente concluídos.
Segundo a Emater, a ocorrência de períodos secos e ensolarados na última semana, embora breves, contribuiu para o avanço das colheitas. Esses intervalos climáticos permitiram que os grãos fossem colhidos em condições físicas e sanitárias relativamente melhores, apesar do longo período de maturação a campo.
No entanto, a produtividade esperada para a safra 2023/2024 sofreu uma queda significativa devido às intensas chuvas que atingiram o estado. Antes das precipitações intensas, que começaram após o dia 29 de abril, as produtividades eram consideradas bastante satisfatórias, com picos de 5.400 kg/ha e uma produção mediana pouco acima de 3.300 kg/ha.
Os grãos estavam em melhores condições físicas e sanitárias do que o esperado, mesmo com o prolongado período de maturação no campo. Em áreas como o Noroeste, Alto Uruguai, Nordeste e parte do Planalto, a colheita já foi finalizada. No entanto, no Sul e na Campanha, ainda há muitas lavouras por colher, o que está causando grandes perdas tanto na produção quanto economicamente.
No panorama estadual, estima-se que 96% das áreas foram colhidas.
Impactos das enchentes na colheita de soja
Na última semana, ao avaliar as perdas causadas pelas enchentes, a Emater revisou sua projeção de rendimento para a soja gaúcha para 2.923 kg/ha. A produção total estimada também foi ajustada, passando de 22,24 milhões de toneladas para 19,53 milhões de toneladas.
“Após a retirada da soja, parte dos produtores está realizando reparos em inúmeros locais onde ocorreu erosão do solo e buscando recuperar parte da fertilidade com a adição de corretivos de acidez e de nutrientes”, afirmou a Emater em comunicado.
Os produtores agora enfrentam o desafio de reparar os danos causados pelas chuvas e preparar o solo para as próximas safras. A adoção de medidas de correção e recuperação do solo será crucial para garantir boas condições de cultivo e tentar mitigar os impactos negativos do clima adverso deste ano.