Colheita de caqui tem venda afetada pela pandemia | Nosso Campo


A colheita de caqui na propriedade da família Sakaguti, de Piedade (SP), sempre foi no sistema “colha e pague”, mas, nesse último ano, por conta da pandemia, está sendo diferente.

Marcio faz parte de uma família que chegou na década de 50 ao município. Já são quatro gerações, que há quase 70 anos trabalham com a produção de caqui. A família é tão tradicional na região que, em 2006, criou o Festival do Caqui, evento que todos os anos, antes da pandemia, trazia turistas de vários lugares do Brasil para Piedade.

Na propriedade, 10 hectares são para o cultivo da fruta, onde são encontrados mil pés. A variedade cultivada é caqui fuyu. De cor alaranjada e consistência firme, ele se adaptou bem ao clima mais agradável de Piedade.

A expectativa nesse ano é que sejam colhidas 40 toneladas da fruta. É muito pouco em relação a anos anteriores, mas o valor de mercado compensa, pois, no ano passado, o quilo do caqui estava saindo a R$ 7 e agora está sendo vendido a R$ 10. Nesta safra, sem o “colha e pague”, é para os mercados que a família está vendendo a produção.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 04/04/2021)

Colheita de caqui tem venda afetada pela pandemia

Colheita de caqui tem venda afetada pela pandemia

A região de Sorocaba (SP), que inclui o município de Piedade, representa pouco mais de 10% da produção nacional de caqui. De 2019 para 2020, o número de pés passou de 123 mil para 100 mil.

Os agricultores que trabalham com a fruta e com o turismo rural sentiram bem o impacto da pandemia. O dono de um sítio em Piedade, Eiji Enokizono, também trabalhava com o sistema “colha e pague”. A venda direta para quem visitava a propriedade representava quase 50% do faturamento com o caqui.

Uma tela no alto protege os 75 pés de caqui dos pássaros que adoram a fruta. A produção de Eiji é pequena, por isso o cuidado tem que ser redobrado para não perder nada. Este ano, a produção será vendida para a Ceagesp e mercados da região, mas ele quer mesmo é receber os turistas aqui o quanto antes.

VÍDEOS: veja as reportagens do programa



Fonte: G1