A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou um relatório atualizado sobre o estágio de desenvolvimento das lavouras de milho no Brasil.
De acordo com o relatório, a colheita da segunda safra de milho já começou oficialmente, representando 0,4% da área total cultivada no país. A safrinha de milho saltou para 7,5% no Brasil.
Até o momento, os estados de Mato Grosso (0,9%) e Mato Grosso do Sul (0,1%) são os principais responsáveis pela colheita. Em relação ao desenvolvimento das lavouras, 2,9% estão em fase vegetativa, 12,8% estão em floração, 62,2% estão no estágio de enchimento de grãos e 21,6% já estão em maturação.
No Mato Grosso, a colheita já foi iniciada em áreas irrigadas, enquanto as demais lavouras continuam se desenvolvendo de forma promissora. Outro estado que registrou antecipação na colheita é o Mato Grosso do Sul, devido às condições climáticas secas e quentes.
Safrinha de milho no Brasil
No Paraná, as chuvas recentes e a redução da temperatura favoreceram a quantidade de água no solo e a recuperação das lavouras em algumas regiões. Por outro lado, em estados como Goiás, São Paulo, Tocantins, Maranhão e Piauí, a falta de chuvas afetou o desenvolvimento das lavouras.
Enquanto isso, a colheita da primeira safra de milho continua avançando no Brasil, atingindo 72,4% do total previsto. Esse percentual é menor em comparação ao mesmo período da safra passada, que era de 77,2%.
Os estados mais avançados na colheita são São Paulo (100%), Paraná (99,8%), Santa Catarina (99%), Rio Grande do Sul (88%), Minas Gerais (83%), Bahia (60,2%), Goiás (45%), Piauí (23%) e Maranhão (20%).
Em Balsas, no sul do Maranhão, a área plantada atinge cerca de 300.000 hectares, e a colheita da safrinha de milho está ocorrendo em ritmo acelerado, de acordo com Daniel Marcos Lech, presidente do Sindicato Rural local. A previsão é de uma média de produtividade em torno de 5.400 kg por hectare.
“Apesar da boa safra, o preço do milho na cotação atual está em torno de R$ 53 a saca, o que leva os produtores a esperarem uma melhor compensação financeira”, destacou.
Comercialização
Quanto à comercialização do produto, as expectativas são animadoras devido à ampliação do mercado de biocombustíveis, especialmente o etanol de milho.
Em estados que antes estavam distantes desse mercado, como o Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Alagoas e até mesmo o Rio Grande do Sul, novos projetos de usinas foram anunciados. A estimativa é que a produção de etanol de milho atinja 10 bilhões de litros até 2030.
Essa expansão do mercado de biocombustíveis oferece oportunidades para os produtores de milho da região, que podem encontrar um novo mercado para sua produção, além de contribuir para o desenvolvimento econômico dessas localidades.