A AB InBev, líder mundial do setor de cervejas, de capital belga e brasileiro, anunciou nesta quinta-feira (6) a saída de seu CEO, o executivo brasileiro Carlos Brito, a partir de 1 de julho, depois de 15 anos à frente do grupo.
Brito, nascido no Rio de Janeiro, será substituído por outro brasileiro, Michel Doukeris, que atualmente é o diretor da divisão América do Norte da empresa.
“Estou muito entusiasmado com o futuro de nosso negócio sob a liderança de Michel”, anunciou o próprio Brito, de 61 anos, que está na empresa há 32 anos.
Doukeris afirmou que se sente honrado e impaciente para aportar uma nova perspectiva à empresa, que tem sede em Leuven, no centro da Bélgica. Nascido no sul do Brasil e formado em Engenharia Química, Doukeris começou a trabalhar na InBev em 1996.
O grupo possui 500 marcas de cerveja, incluindo Budweiser, Beck’s, Brahma, Stella Artois e Corona.
Brito foi o ‘arquiteto’ da AB Inbev
Brito, hoje com 61 anos, chegou quando a cervejaria se chamava InBev, resultado da fusão em 2004 entre a belga Interbrew e a brasileira AmBev, que ele chefiava.
Durante sua gestão, a empresa assumiu o controle da Anheuser-Busch em 2008, acrescentou o Grupo Modelo do México e em 2016 gastou mais de 100 bilhões de dólares na SABMiller, então a segunda maior cervejaria do mundo.
“Brito foi o arquiteto que liderou e transformou a AB InBev na empresa líder mundial de cerveja e uma empresa líder global de bens de consumo embalados, integrando com maestria os muitos negócios que compõem a AB InBev hoje”, disse o presidente do conselho de administração da companhia, Martin Barrington.
Forte recuperação no início de 2021
A empresa relatou separadamente lucro no primeiro trimestre acima das expectativas, mesmo com bloqueios fechando a hotelaria em grande parte da Europa e uma proibição de vendas de álcool por um mês na África do Sul.
As vendas de cerveja aumentaram 64% na Ásia-Pacífico, um ano depois do bloqueio inicial do coronavírus na China, um importante mercado da AB InBev.
Na América Latina, houve elevação de mais de 10%, superando o crescimento da indústria em dois de seus principais mercados, Brasil e México. Na Europa, as vendas de suas próprias cervejas ficaram estáveis.
A subsidiária brasileira Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,73 bilhões no primeiro trimestre, mais do que dobro do verificado um ano antes.
Fonte: G1