Câmara dos EUA aprova plano de estímulo de Biden de US$ 1,9 trilhão | Economia


A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (10) o plano de estímulo para a economia americana de US$ 1,9 trilhão, impulsionado pela Casa Branca, uma vitória para o governo de Joe Biden, que dá um alívio a famílias e empresas afetadas pela pandemia.

O pacote de ajuda já havia sido aprovado pelo Senado dos Estados Unidos.

Pacote de estímulo de Biden é focado em pessoas de mais baixa renda
Pacote de estímulo de Biden é focado em pessoas de mais baixa renda

Pacote de estímulo de Biden é focado em pessoas de mais baixa renda

O plano, que inclui o pagamento de US$ 1,4 mil ajudas diretas através de cheques para as famílias com renda menor e recursos para a vacinação, foi aprovado sem nenhum voto republicano na Câmara, onde os democratas têm maioria.

A aprovação se deu por 220 votos a 211 – entre os democratas, apenas um votou contra. O plano depende agora apenas da assinatura de Biden.

Além dos cheques para as famílias, também estão incluídas medidas para o auxílio desemprego, vacinas, escolas e pequenas empresas.

O pacote de Biden é o terceiro aprovado pelos Estados Unidos desde o início da pandemia. Ao todo, já foram gastos US$ 5 trilhões em programas de ajuda econômica, valor equivalente a cerca de 25% do PIB americano.

Confira as principais medidas do plano:

  • Cheques diretos para as famílias:

O primeiro plano de resgate da gestão Biden dará uma ajuda imediata aos americanos. As pessoas que ganham menos de US$ 75 mil por ano e os casais casados com renda de até US$ 150 mil por ano receberão em breve cheques de US$ 1,4 mil por pessoa.

O projeto de lei prevê também US$ 1,4 mil por pessoa responsável.

Os pagamentos diminuem progressivamente antes de desaparecerem para os indivíduos cuja renda chegar a pelo menos US$ 80 mil e US$ 160 mil para os casais casados.

Esta parcela do auxílio totaliza cerca de US$ 400 bilhões para milhões de americanos.

Esses cheques completam outros de US$ 600 enviados no último plano de US$ 900 bilhões adotado em dezembro, que veio depois do plano de 2,2 trilhões de meados do ano passado.

  • Seguro-desemprego prolongado

O projeto de lei adotado pelo Senado prorroga até 6 de setembro o pagamento de seguro-desemprego adicional de US$ 300 por semana, que expirava em 14 de março.

  • Crédito fiscal para o cuidado de crianças

O governo fornecerá créditos sobre impostos para o cuidado de crianças no valor de US$ 3,6 mil para menores de até 5 anos e US$ 3 mil entre 6 e 17 anos.

Os créditos sobre impostos estarão disponíveis para todos os beneficiários com crianças, independentemente de sua renda.

  • Vacinas, testes e rastreabilidade

Cerca de US$ 15 bilhões serão destinados à vacinação, 50 bilhões para testes e rastreamento e 10 bilhões para produzir vacinas. O presidente espera que 100 milhões de doses de vacinas sejam administradas nos primeiros 100 dias de mandato.

As escolas receberão cerca de US$ 126 bilhões e US$ 39 bilhões serão destinados às creches.

Muitas escolas ficaram fechadas por um ano por não poderem implementar protocolos sanitários (ventilação, por exemplo).

O plano inclui US$ 40 bilhões para as universidades.

Cerca de US$ 350 bilhões serão destinados aos governos estaduais e municipais, tribos e territórios.

O setor gastronômico, um dos mais afetados pelas restrições para conter a pandemia, se beneficiará com US$ 25 bilhões.

A proposta de dobrar o salário mínimo para US$ 15 por hora foi eliminada do projeto final.



Fonte: G1