Calendário da feira: março tem abóbora, goiaba, mamão formosa e muito mais | Agro a indústria-riqueza do Brasil


O clima ajudou o cultivo da abóbora japonesa neste ano, conhecida também como cabotiá ou cabotian, e um bom volume do alimento já está chegando aos mercados, assim como a abóbora moranga, famosa por enfeitar as festas do Dia das Bruxas.

Março também é tempo de goiaba, mamão formosa, maçã gala, abacate quintal e fortuna e muito mais.

Na série Calendário da Feira, iniciada em julho, o G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.

Goiaba está em plena safra em março — Foto: Arte/G1

Este ano será super safra de abóbora japonesa — Foto: Arte/G1

Abóbora japonesa cabotiá cabotian cabotiã — Foto: Grupo MNS/Ivam Grambek

O clima favoreceu as lavouras de abóbora este ano e a do tipo japonesa, inclusive, terá um ano de super safra em 2021, segundo Amauri Vieira, gerente de marketing do Grupo MNS, empresa fornecedora de frutas e legumes.

A abóbora japonesa ou cabotiá já pode ser encontrada nos mercados neste mês, assim como a moranga, que tem a casca laranja.

A cabotiá tem a casca escura e a polpa densa e macia. Ela fica bem assada, em caldos, sopas e massas, segundo entrevista da chef de cozinha Beatriz Chiandotti, ao G1 Santos. Veja mais aqui.

Os principais produtores de abóbora são os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina.

  • Auge da safra: fevereiro a agosto, segundo a Ceagesp.
  • Como comprar: escolha as sem rachaduras, manchas escuras e sem brilho. Quando está muito brilhosa, ela foi colhida antes da hora.
  • Como conservar: a abóbora japonesa é bem resistente e pode durar até 3 semanas fora da geladeira, segundo o Grupo MNS. Depois de cortada, deve ser consumida em até 3 dias.

Carlópolis, a Capital Nacional da Goiaba. — Foto: Divulgação

A safra de goiaba vai normalmente de fevereiro a março, mas pode, às vezes, se estender até abril.

“Este ano temos uma previsão de quebra (diminuição) na produção em torno de 20%, devido à falta de chuva. Tivemos um índice pluviométrico abaixo da média”, afirma a empresa Val Frutas.

Os municípios paulistas de Vista Alegre do Alto, Monte Alto e Taquaritinga são os principais produtores da fruta.

  • Auge da safra: fevereiro e março.
  • Como comprar: escolha as de consistência firme e sem manchas.
  • Como conservar: na geladeira fica conservada por uma semana.

Mamão — Foto: Divulgação

O mamão formosa é conhecido por ser maior e mais comprido do que o papaia. Em março, a fruta ainda está com uma boa oferta, apesar de o seu pico ser entre dezembro e fevereiro.

“Esse ano o clima favoreceu bastante o plantio e a colheita, por isso ainda encontramos frutas de ótima qualidade nas gôndolas e feiras”, diz Eduardo Benassi, diretor de Relacionamento da Benassi SP.

  • Auge da safra: todo o verão, com pico entre dezembro e fevereiro.
  • Como comprar: a fruta deve estar firme, sem manchas, rachaduras ou picadas de insetos. A casca deve estar mais amarela do que verde, recomenda a Ceasa Minas.
  • Como conservar: quando maduro, o mamão pode ser conservado na geladeira por uma semana.

Veja as diferenças entre o mamão papaia e o formosa no vídeo abaixo:

Cascas e sementes do mamão podem ser consumidas
Cascas e sementes do mamão podem ser consumidas

Cascas e sementes do mamão podem ser consumidas

Por que consumir alimentos da safra?

Frutas, legumes e verduras. — Foto: Divulgação

Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.

Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.

Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.

Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.

“Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo”, ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.

Além disso, quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.

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Fonte: G1