Calendário da feira: junho tem laranja, abacate, milho, mandioquinha e muito mais | Agro a indústria-riqueza do Brasil


O mês de junho tem uma boa variedade de frutas cítricas, como a laranja, mexerica e tangerina, além de três tipos de abacate, como o fortuna, quintal e o avocado Hass.

Já dentre os legumes, tem milho, abóbora, mandioquinha, gengibre, inhame e mais.

Na série Calendário da Feira, iniciada em julho, o G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.

Calendário da feira do mês de junho — Foto: Arte/G1

Em junho, é safra de abóbora, cará, mandioca, milho-verde e mais. — Foto: Foto: Arte/G1

Neste ano, houve uma queda de 40% na produção do abacate. — Foto: Divulgação

Fonte de fibras e vitamina E, o abacate costuma ter preços melhores de fevereiro a julho e, neste mês, as variedades disponíveis são o fortuna, quintal e o avocado Hass.

Já em julho, irá entrar em safra os abacates dos tipos ouro verde, breda e o margarida, diz Maria Cecília Whately, da Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (Abacates do Brasil). A diferença entre eles pode ser conferida neste link do site da associação.

Neste ano, houve uma queda de 40% na produção por causa de uma seca em setembro de 2020 que prejudicou a floração, explica Cecília. “Por isso que, neste ano, muita gente colocou a fruta mais cedo no mercado, porque estava em falta. […] Se a gente não tivesse tido a seca, a gente estaria com mais frutas agora”.

  • Auge da safra: fevereiro a julho.
  • Como comprar: prefira os que parecem pesados em relação ao tamanho. Devem estar firmes, apenas começando a amolecer.
  • Como conservar: os frutos ainda duros ou bem firmes devem ser amadurecidos à temperatura ambiente. Não devem ser colocados na geladeira enquanto ainda estiverem duros. Uma vez maduros, devem ser rapidamente consumidos, pois são muito perecíveis.

Entre maio e agosto, há uma maior oferta de frutas cítricas ao consumidor. — Foto: Pixabay

Apesar de ser mais procurada no verão, a laranja é uma fruta que costuma ter uma maior oferta durante o outuno e inverno, podendo ficar em safra até por volta de novembro.

É entre os meses de maio e agosto ainda que o consumidor encontra uma maior variedade de tipos de laranjas, mexericas e tangerinas, conta Fábio Lagazzi, da Lagazzi Agronegócios.

Nessa época, o preço da laranja costuma cair, mas, assim como o abacate, a produção da fruta está menor neste ano por causa da seca, resultando em preços não tão bons em relação a 2020.

“A fruta só não está mais cara por causa da redução do consumo. Além do inverno, a renda das pessoas está menor”, diz Lagazzi.

  • Auge da safra: maio a novembro.
  • Como comprar: opte pelos frutos mais firmes e pesados. A casca deve ser fina e de cor brilhante. Evite as laranjas com aparência de amolecimento ou com bolor esbranquiçado nos extremos.
  • Como conservar: dura mais na geladeira, por até sete dias.

Milho é destaque do mês de junho. — Foto: Divulgação

Famoso durante as saudosas festas juninas interrompidas pela pandemia de Covid-19, o milho-verde é um dos alimentos de destaque neste mês.

Em São Paulo, por exemplo, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais da cidade (Ceagesp), o milho já aparece como um dos produtos com preço em queda no início de junho.

O seu período de maior oferta muda a depender da região do país. Enquanto em São Paulo há mais disponibilidade entre junho e julho, em estados como Minas Gerais, Goiás e Paraná, por exemplo, a safra é mais cheia no início do ano.

  • Auge da safra: janeiro e fevereiro; junho e julho.
  • Como comprar: ele deve estar bem fresco, com as folhas bem verdes e o cabelo marrom escuro. Se estiver à venda sem casca, verifique se a ponta inferior da espiga é afilada e macia. Isto indica que está em boas condições, diz a Ceasa Minas.
  • Como conservar: na geladeira, embrulhado em papel umedecido, protegido em saco plástico, por uma semana.

Creme de mandioquinha, feito pela gastrônoma Viviane Bianconi, de Santos — Foto: Viviane Bianconi

A mandioquinha já foi destaque no calendário da feira de maio, mas ela segue com boa oferta.

Segundo o produtor Carlos Henrique Silveira da Valter Pires Mandioquinha, empresa de Senador Amaral (MG), a colheita da mandioquinha costuma se concentrar entre os meses de março e julho, época em que os preços costumam cair ao consumidor.

Silveira diz que a safra deste ano está “muito boa” em qualidade e volume. “Como a mandioquinha vende bem no frio, os produtores organizam a produção para esta época do ano”, diz.

A partir de agosto, os preços da mandioquinha voltam a subir e, segundo Silveira, devem aumentar ainda mais neste ano, diante das dificuldades dos agricultores de alugar terrenos para a próxima safra.

A maior parte da cultura – que tem um ciclo de 9 meses entre plantio e colheita – ocorre em terras alugadas. E, atualmente, proprietários estão preferindo alugar terra para produtores de grãos, como a soja, cadeia que está remunerando bem com a alta de preços deste produto.

  • Auge da safra: março a julho.
  • Como comprar: escolha as mais firmes sem sinal de amolecimento.
  • Como conservar: se conservada em lugar fresco ou na gaveta da geladeira, a mandioquinha se mantém em boas condições por 10 a 15 dias, sugere a Ceasa Minas.

Por que consumir alimentos da safra?

Frutas, legumes e verduras. — Foto: Divulgação

Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.

Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.

Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.

Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.

“Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo”, ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.

Além disso, quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.

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Fonte: G1