Calendário da feira: janeiro tem mamão, melancia, quiabo e pepino | Agro a indústria-riqueza do Brasil


O pico da colheita do limão, por sua vez, começa tradicionalmente em janeiro, mas, segundo produtores do setor, o período de maior oferta, neste ano, acontecerá a partir da segunda metade de fevereiro.

Entre os legumes, o destaque do mês fica com o quiabo, que pode ser encontrado por um melhor preço até maio.

Na série Calendário da Feira, iniciada em julho, o G1 mostra, todo mês, quais alimentos estão na safra e, por isso, podem ficar mais em conta.

Calendário da feira do mês de janeiro — Foto: Arte/G1

Calendário da feira do mês de janeiro — Foto: Arte/G1

A seguir, confira mais detalhes sobre a safra das principais frutas e legumes do mês, além de saber como comprar, conservar e outras curiosidades.

Fruta tradicional do café da manhã do brasileiro, o mamão é produzido em maior quantidade no verão. — Foto: Divulgação

Fruta tradicional do café da manhã do brasileiro, o mamão é produzido durante o ano todo, mas é no verão que a sua oferta cresce, diz o sócio-diretor da Doce Mel, Roberto Cavalcanti. O pico da safra ocorre entre os meses de dezembro e fevereiro, segundo a Ceagesp.

De acordo com Cavalcanti, há, atualmente, uma maior oferta de mamão em relação à demanda, o que pode contribuir para a queda de preços ao consumidor neste verão.

Por outro lado, os produtores têm saído no prejuízo, já que muitos deles estão sendo remunerados por um preço abaixo do custo de produção. Além disso, muitos tiveram dificuldades para exportar mamão neste ano, devido à pandemia.

Os principais estados produtores de mamão são a Bahia e o Espírito Santo.

  • Auge da safra: todo o verão, com pico entre dezembro e fevereiro.
  • Como comprar: a fruta deve estar firme, sem manchas, rachaduras ou picadas de insetos. A casca deve estar mais amarela do que verde, recomenda a Ceasa Minas.
  • Como conservar: quando maduro, o mamão pode ser conservado na geladeira por uma semana.

Melancia — Foto: Unsplash

A melancia continua em destaque neste mês, assim como em dezembro, já que a sua oferta é maior durante os meses de verão, em função do aumento da demanda por frutas mais refrescantes.

Segundo a Ceagesp, o período de maior disponibilidade da fruta vai de novembro a dezembro, meses em que os seus preços, geralmente, caem.

Os principais estados produtores da fruta são o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul, estado que começou a fornecer melancias para o Centro-Sul do país no dia 10 de dezembro, segundo o proprietário da Agropecuária Marini, Andreo Marini.

Ele conta que uma das variedades de melancia que a fazenda oferta aos mercados neste período é a pingo doce, que se diferencia das melancias tradicionais por ter um tamanho menor, o que facilita a armazenagem na geladeira. Além disso, ela tem uma polpa amarela e não tem sementes.

  • Auge da safra: novembro a fevereiro.
  • Como comprar: procure uma melancia de superfície uniforme, ou seja, sem cortes ou arranhões. Quanto mais pesada for a melancia em relação ao seu tamanho, mais líquido ela terá e mais madura estará.
  • Como conservar: em local ventilado e seco. Já em ambiente refrigerado, conserva-se por até 30 dias.

Segundo a chef, o ideal é secar o quiabo antes de cortá-lo para que fique sem a baba — Foto: Paula Parames

Os melhores preços do quiabo são encontrados entre os meses de janeiro e maio, época em que a safra do alimento está em seu auge, conta Eduardo Benassi, diretor de relacionamento da Benassi-SP.

Segundo ele, a expectativa é de que tenha havido crescimento do volume colhido do legume entre 2019 e 2020.

“Como houve uma seca severa em São Paulo durante o cultivo de quiabo, a safra atrasou um pouco, mas, no geral, os produtos serão encontrados com bastante qualidade”, conta Benassi.

Os principais estados produtores do legume são: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

  • Auge da safra: janeiro a maio.
  • Como comprar: procure sempre pelos quiabos pequenos ou médios, de coloração verde-escura e sem manchas. O ideal para o consumo é brilhante, com os pelos presentes e firme.
  • Como conservar: por ser um alimento bastante perecível, ele se deteriora rapidamente. Portanto, o ideal é guardar na geladeira, sem lavar e em saco plástico, por até cinco dias.

Pepino tem baixas calorias e ajuda na saciedade — Foto: Reprodução/Bem estar

O pepino também já foi destaque no Calendário da feira de novembro, e, como a sua safra é cheia até março, ainda vale a pena aproveitar os melhores preços do legume para preparar saladas refrescantes durante o verão.

A produção mais expressiva do pepino sempre ocorre nos meses mais quentes, já que o frio limita o seu desenvolvimento e reduz o tempo de colheita, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (CEPEA-Esalq/USP).

Segundo o engenheiro agrônomo Eduardo Guimarães, do Sítio do Moinho Alimentos Orgânicos (RJ), não houve nenhum problema na produção do pepino nessa temporada, o que deve continuar contribuindo para os preços ao consumidor.

Todos os estados cultivam o pepino, mas São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

  • Auge da safra: inicia em setembro, mas pico vai de outubro a março.
  • Como comprar: prefira os bem firmes.
  • Como conservar: na geladeira por até 7 dias.

Pepino tem baixas calorias e ajuda na saciedade. Veja abaixo no vídeo do Bem Estar.

Pepino tem baixas calorias e ajuda na saciedade

Pepino tem baixas calorias e ajuda na saciedade

Por que consumir alimentos da safra?

Frutas, legumes e verduras. — Foto: Divulgação

Com a modernização das técnicas agrícolas, hoje já é possível encontrar uma grande variedade de frutas, legumes e verduras o ano inteiro nos mercados e nas feiras.

Porém, consumir produtos de época pode ser uma opção mais barata e saudável.

Com o crescimento da oferta nos períodos de safra, a tendência é os preços caírem. Mas isso nem sempre é uma regra. Como a produção de hortaliças depende muito de fatores climáticos, qualquer mudança muito intensa na temperatura, por exemplo, pode impactar a oferta.

Além disso, o consumo de alimentos de época tende a ser mais saudável, pelo menor uso de agrotóxicos em seu cultivo.

“Para terem um bom desenvolvimento fora do seu ciclo natural de produção, é necessário uma intervenção mais intensa de químicos durante o preparo do solo, por exemplo”, ressalta Lígia dos Santos, do São Camilo.

Além disso, quando estão em seu ciclo natural de produção, sem a necessidade de tanto uso de agrotóxico, os alimentos ficam com o seu sabor natural mais acentuado.

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Fonte: G1