Brasileiros trocam o sonho da casa própria por abrir o próprio negócio | PEGN


Pesquisa do Instituto Locomotiva, feita em janeiro deste ano, mostra que 27% dos entrevistados querem montar ou ampliar o próprio negócio. Em segundo lugar, com 26%, ficou a casa própria. No terceiro lugar, empate entre estudar e viajar.

Para o presidente do instituto, Renato Meirelles, a pandemia foi a responsável por essa mudança.

“A pandemia trouxe uma crise econômica grande, mas também trouxe a perspectiva de que é possível realizar o sonho de empreender. Não estou dizendo que é fácil nem que basta ter vontade para o seu negócio crescer, mas que é possível conseguir não ter mais que bater cartão, não ter mais que abaixar a cabeça para o seu chefe, não ter mais que controlar as coisas que você fala, por medo de perder o seu emprego”, afirma Meirelles.

Amanda Santos é um exemplo deste sonho. Para complementar a renda, ela vendia produtos como trufas, pães de mel, bijuterias, roupas.

“Sempre foi meu sonho empreender. Antes de pensar em ter casa própria, um carro ou qualquer outra coisa sempre pensei em ter meu negócio primeiro”, conta.

Com as vendas em alta, decidiu ir além. Deixou o emprego de analista comercial para montar uma loja de roupas.

Seis meses depois, o sonho da Amanda de ser empreendedora virou falência e um monte de dívidas.

“Muito nova, falta de conhecimento na área de negócios, fui vendendo na confiança, vendi fiado, fui acumulando dívidas com fornecedores, não tinha uma reserva, um capital de giro, quebrei”, lembra.

Ela arrumou outro emprego, mas não se esqueceu do objetivo. Em 2017, fez uma nova tentativa: montou uma loja num espaço colaborativo. Mas, teve uma triste surpresa: levaram tudo de todos os empreendedores do espaço.

Ela fechou o negócio novamente. Foi trabalhar numa empresa aérea, mas sofreu mais um baque. Com a crise, a empresa cortou as comissões e a renda dela encolheu.

Amanda tomou coragem e novamente abriu uma loja. “Quando eu parei e fiz um curso para gestão de negócios e decidi focar 100% no meu negócio e encontrei o meu diferencial, foi o que fez tudo mudar, tudo dar certo.”

Assim como ela, muitos brasileiros se tornaram empreendedores por necessidade nos últimos anos. E não há nada de errado nisso. Só é preciso fazer a coisa certa.

É preciso, por exemplo, usar a tecnologia, mas entender cada uma das necessidades dos clientes, e personalizar produtos e serviços. Isso faz a diferença.

Em 2020, Amanda criou a própria marca de roupas plus size, com venda pela internet. E mantém um showroom na Zona Leste de São Paulo, onde recebe clientes e tem o mostruário.

A empresária conversa com as clientes, sugere cores, tecidos e faz ajustes nas peças ao gosto de cada uma.

“Se tem algo que os empreendedores não podem esquecer em momento nenhum é que eles também são consumidores. Então como você gostaria de ser tratado. Que tipo de vínculo você gostaria que as lojas em que você compra tivessem com você”, aponta Meirelles.

Hoje, a empresa de Amanda tem capital de giro para seis meses de operação, e 80% da produção é feita em confecção própria. No ano passado, ela faturou R$ 800 mil.

“O próximo passo é abrir uma loja de rua, porque a demanda pede isso. Hoje nós estamos no extremo leste. Sempre fui aqui da região. Só que agora eu tenho cliente em São Paulo inteiro e no Brasil inteiro”, afirma Amanda.

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Fonte: G1