Brasil terá safra recorde de 278,7 mi toneladas em 2020/21 puxada por soja e milho, diz Conab




Conab estimou aumento de 7% na área plantada com milho, e alta de 3% para a soja. Cooperada soja – Cotrijal Divulgação
Cotrijal/Divulgação
A safra brasileira de grãos 2020/21 foi estimada em um volume recorde de 278,7 milhões de toneladas, alta de 8% em relação à temporada anterior, impulsionada pela produção de soja e milho, afirmou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (25).
Essa é a primeira projeção para o novo ciclo. O volume representa a produção de 15 grãos, sendo que milho, soja, algodão, arroz e feijão participam com 95% do total.
A Conab estimou aumento de 7% na área plantada com milho no Brasil em 2020/21, apontando uma produção total de 112,9 milhões de toneladas.
Já a safra de soja, o principal produto do agronegócio do Brasil, que tem na oleaginosa o carro-chefe da exportação, deverá atingir 133,5 milhões de toneladas, com aumento de 3% na área plantada.
“A boa rentabilidade do milho e da soja na safra que se encerra estimula os produtores brasileiros a aumentar a área dessas culturas no período de 2020/21”, disse a estatal em nota.
A Conab ainda previu redução de 11% na área plantada com algodão no Brasil em 2020/21, com o mercado sendo atingido por efeitos da pandemia.
No cenário internacional, a possibilidade de menor investimento na produção de grãos na Argentina pode abrir novas possibilidades de mercado para os produtores brasileiros.
A previsão da Conab é de que as exportações brasileiras de soja aumentem 5,8%, indo para 86,79 milhões de toneladas – a China pode comprar cerca de 80% desse volume. As de milho são estimadas em 39 milhões de toneladas, crescimento de 13%.
Arroz
O arroz também tem proporcionado boa rentabilidade aos produtores, e a Conab estima que eles aumentem em 12% a área cultivada em 2020/21.
A produtividade, no entanto, pode não ser tão boa quanto à da safra que se encerra, quando as condições climáticas foram muito favoráveis. É prevista uma queda de 4%, o que resultaria em colheita de 11,98 milhões de toneladas.
Enquanto o ritmo de exportação e importação do arroz deve permanecer estável no próximo ciclo, o consumo interno poderá aumentar em 5,1% em relação ao da atual safra, podendo atingir 10,8 milhões de toneladas – ainda inferior à média dos últimos 10 anos. Nesse contexto de oferta ajustada à demanda, os preços internos tendem a se manter firmes. Por outro lado, a alta dos custos poderá afetar a rentabilidade do produtor.



Fonte: G1