Brasil necessita recuperar 25 milhões de hectares de vegetação nativa


O Brasil necessita recuperar 25 milhões de vegetação nativa já que o país não avançou no compromisso assumido internacionalmente de recuperar 12 milhões de hectares.

Conforme os dados da plataforma do Observatório da Restauração e do Reflorestamento, o país possui hoje pouco mais de 79 mil hectares da sua cobertura vegetal original recuperada.

Recuperação da vegetação nativa

Vegetação nativaVegetação nativa
No Brasil, uma legislação ambienta robusta não protege os biomas por meio de cotas de preservação, como também determina quando é obrigatório compensar áreas degradadas ou desmatadas além do limite. Foto: Divulgação

De acordo com o levantamento da MapBiomas, entre os anos de 2019 e 2022, o Brasil perdeu 9,6 milhões de hectares de vegetação nativa.

Devido ao cenário, foi necessário que em 2023 iniciasse uma revisão das metas e políticas públicas para o setor, não apenas para que o Brasil possa cumprir com os acordos firmados para conter os avanços da crise climática, mas principalmente para que as propriedades rurais privadas e o próprio Estado fiquem regulares em relação à legislação ambiental.

No Brasil, uma legislação ambienta robusta não protege os biomas por meio de cotas de preservação, como também determina quando é obrigatório compensar áreas degradadas ou desmatadas além do limite.

Os chamados passivos ambientais podem ser gerados por propriedades privadas, quando os limites de conservação não são respeitados, ou em áreas públicas atingidas por queimadas ou ocupadas por atividades ilegais.

As cotas são previstas no Código Florestal que foi criado em 2012. Já em 2015 e 2016, o Brasil aderiu a três acordos globais: o Acordo de Paris, o Desafio de Bonn e a Iniciativa 20×20, nos quais assumiu o compromisso de recompor 12 milhões de hectares de sua cobertura verde.

Regeneração

Regeneração nativaRegeneração nativa
Ministério de Meio Ambiente também tem articulado formas para fomentar a regularização ambiental. Foto: Divulgação

Uma boa notícia é que um estudo em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conseguiu mapear quase 30 milhões de hectares de vegetação secundária no território brasileiro.

Outra estratégia que deve ser tomada é a tornar a recuperação de vegetação nativa um modelo de negócio para o país.

Além disso, o Ministério de Meio Ambiente também tem articulado formas para fomentar a regularização ambiental.

“Temos articulado com parceiros, em especial o BNDES, linhas de financiamento e linhas de crédito, como o Restaura Amazônia que é dinheiro do Fundo Amazônia, que vai direcionar R$ 450 milhões para projetos de recuperação da vegetação nativa na Amazônia”, destacou a diretora do Departamento de Florestas do Ministério do MMA, Fabíola Zerbini. 



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