Brasil atinge recorde na produção de grãos com 322,8 milhões de toneladas


A produção de grãos no Brasil alcançou um novo recorde e está estimada em 322,8 milhões de toneladas. O resultado é reflexo do aumento da área plantada e também de uma melhor produtividade média registrada

Segundo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento foi de 18,4%, no que corresponde a 50,1 milhões de toneladas colhidas a mais em relação a temporada passada.

Produção de grãos

Colheita de grãos
Colheita de grãos. Foto: Envanto

O levantamento da Conab foi divulgado nesta quarta-feira (6/9), momento em que a colheita se encerra. O total de área plantada chegou a 78,5 milhões de hectares. Já em relação de melhor produtividade média nas lavouras, também houve aumento, saindo de 3.656 quilos por hectares para 4.111 quilos por hectare.

Conforme os dados, a soja permanece sendo o produto com maior volume colhido no país, em uma produção estimada em 154,6 milhões de toneladas, totalizando um crescimento de 23,2%. Para a Conab, os efeitos do fenômeno La Niña, foi o responsável para o resultado significativo, no qual se concentrou no Rio Grande do Sul e o clima se mostrou favorável mesmo diante alguns atrasos no período do plantio e da colheita.

“Nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. No Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras, porém limitado devido às condições climáticas não favoráveis durante  o desenvolvimento da oleaginosa”, ressaltou a Conab.

Colheitas

Plantação de milho
Devido ao grande número de colheitas, o país se destaca pode de destacar nas exportações. Foto: Envanto

Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. De acordo com a soma das 3 safras do cereal, a produção pode chegar a 131,9 milhões de toneladas, um incremento de 18,7 milhões de toneladas em comparação com o ciclo anterior.

Na primeira safra do grão a produção somou 27,4 milhões de toneladas, enquanto na segunda safra a previsão aponta um volume de 102,2 milhões de toneladas. Em contrapartida, o arroz e feijão apesentam cenários distintos. No caso dos dois produtos houve uma redução de área de plantio devido à concorrência com as outras culturas na época mais rentáveis.

Em relação ao arroz, a melhora da produtividade não foi o bastante para compensar a menor área resultando em uma queda de produção em 6,9%, chegando a 10 milhões de toneladas. Já para o feijão, o bom desempenho das lavouras, fez com que tivesse uma colheita de 3,04 milhões de toneladas, registrando 1,7% acima do resultado da safra anterior.

Entre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, chegando a 3,45 milhões de hectares e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas. O resultado é de 2,5% acima da obtida na safra anterior.

Mercado

A Companhia alegou que os bons resultados da safra brasileira colocam o país como o principal exportador de soja e milho na safra 2022/2023.

“O bom cenário para as vendas ao mercado internacional é verificado também para farelo e óleo de soja, com exportações estimadas em 21,82 milhões de toneladas e 2,6 milhões de toneladas respectivamente”, pontuou.

Com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Conab informou que em agosto de 2023 ainda foram exportadas 104,3 mil toneladas de algodão, o segundo melhor desemprenho para o mês na série histórica, superando em 66,1% o mesmo período do ano passado.



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