Bovespa opera em alta em semana de decisão sobre juros | Economia


O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (6), em semana de decisão do Banco Central sobre a nova taxa básica de juros e com o mercado financeiro projetando estouro da meta de inflação também em 2022.

Às 11h05, o Ibovespa subia 1,16%, a 106.289 pontos. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,58%, a 105.070 pontos. Com o resultado acumulou alta de 2,78% na semana, e de 3,09% no mês. No ano, porém, o tombo é de 11,72%.

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Nesta semana, as atenções dos investidores seguem voltadas também para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne nos próximos dias 7 e 8 de dezembro para deliberar sobre a taxa básica de juros. A expectativa é de novo acréscimo de 1,50 ponto percentual (o que levaria a Selic para 9,25% ao ano).

Juros mais altos encareceriam o custo de apostas na alta do dólar contra o real, movimento que tenderia a beneficiar a moeda brasileira.

O mercado segue de olho na tramitação da PEC dos Precatórios, que foi aprovada pelo Senado nesta quinta-feira, mas retornou à Câmara após sofrer alterações e ainda há dúvidas sobre como será o texto final.

Considerada prioritária pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, a proposta altera o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que abriria espaço fiscal para o pagamento de auxílio de R$ 400 por família em 2022.

Nesta manhã, enquanto investidores avaliavam informações preliminares de que a ômicron pode driblar a proteção das vacinas, mas não causa casos mais graves da Covid-19, os mercados acionários registram viés de alta no exterior, o dólar tem leve ganho contra moedas fortes e dá sinais mistos na comparação com emergentes.

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2021 subiu de 10,15% para 10,18%. Foi a trigésima quinta semana seguida de aumento, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Para 2022, subiu de 5% para 5,02%. Ou seja, a expectativa é de estouro da meta do governo pelo 2º ano seguido.

Os analistas também baixaram a previsão de crescimento do PIB deste ano, que passou de 4,78% para 4,71%. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 0,58% para 0,51%.

Para a Selic, a estimativa foi mantida em 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Para o fim de 2022, os economistas mantiveram a expectativa para a taxa Selic de em 11,25% ao ano.

Já para o dólar, a projeção subiu de R$ 5,50 para R$ 5,56 para o fim de 2021 e de R$ 5,50 para R$ 5,55 para o fim de 2022.



Fonte:G1