Bovespa opera em alta após tombo da véspera por Auxílio Brasil | Economia


O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta em nesta quarta-feira (20), após o tombo da véspera por preocupações com as contas do país diante da possibilidade de que o governo institua um valor de R$ 400 para o novo Auxílio Brasil, que deverá substituir o Bolsa Família.

Às 10h04, o Ibovespa subia 0,24%, a 110.937 pontos. Veja mais cotações.

Na terça-feira, a bolsa fechou em queda de 3,28%, a 110.673 pontos. Com o resultado, passou a acumular queda de 0,28% no mês. No ano, recua 7,01%.

Assista no vídeo abaixo: ex-ministro Bresser-Pereira fala sobre os riscos da desorganização das contas públicas

Bresser-Pereira fala sobre a desorganização das contas públicas

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Auxílio Brasil: Entenda como governo planeja driblar teto de gastos

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As atenções por aqui seguem voltadas às discussões sobre o Auxílio Brasil. Na tarde de terça-feira, o governo adiou o anúncio do valor da nova ajuda, que deverá substituir o Bolsa Família, após embates internos sobre o financiamento da proposta.

Investidores temem que as discussões sobre a ‘versão turbinada do Bolsa Família’ resultem no rompimento do teto de gastos, tido como âncora fiscal do Brasil, o que golpearia um já fragilizado cenário para as contas públicas no país.

Na segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a discussão de um programa social fora do teto de gastos públicos.

Lira defendeu que, diante dos impactos sociais provocados no Brasil pela pandemia de Covid-19, não se pode priorizar a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto de gastos em detrimento das necessidades da população mais vulnerável.

“O prêmio de risco tem que aumentar mesmo. O mercado está entendendo essas medidas como populismo fiscal, de cunho eleitoreiro”, disse Sérgio Goldenstein, chefe da área de estratégia da Renascença.

“Além disso, você está desmoralizando o teto de gastos. Por que o governo a ser eleito em 2022 precisará respeitar o teto de gastos se o de agora não respeita?”, questionou, avaliando ser muito difícil reduzir posteriormente valores do auxílio – atualmente, o debate está em torno de um aumento temporário do novo Bolsa Família.



Fonte: G1