A bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta quinta-feira (19), em dia de instabilidade, com o crescimento de casos de Covid-19 e novas medidas de restrição para tentar frear o avanço da doença ofuscando o otimismo recente por expectativas atreladas a uma vacina contra o coronavírus.
O Ibovespa subiu 0,52%, a 106.669 pontos. Veja mais cotações.
Na quinta-feira, a Bolsa fechou em queda de 1,05%, a 106.119 pontos. Na parcial do mês, o Ibovespa acumula alta de 13,54%. No ano, tem queda de 7,76%.
Nova York retoma medidas de restrição contra a Covid-19 nesta sexta (13)
Lá fora, os mercados de ações têm dia de cautela com as notícias sobre o aumento da Covid-19 no mundo e novas restrições como o fechamento de escolas em Nova York. Voltam temores de que a economia global não consiga emergir da recessão causada pela pandemia.
Com recuperação no fim do dia e segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 0,15%, para 29.482,24 pontos, o S&P 500 ganhou 0,39%, para 3.581,85 pontos, e o Nasdaq Composite teve alta de 0,87%, para 11.904,71 pontos.
“No Japão já se fala numa terceira onda, algo preocupante e escolas estão fechando novamente nos EUA e aqui”, destaca a equipe da Mirae Asset em nota a clientes.
Nem mesmo o reforço da promessa da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, de que haverá fortes estímulos monetários em dezembro reanimou os investidores, que parecem já ter esticado a euforia o suficiente depois dos testes de sucesso na reta final das vacinas da Pfizer e da Moderna desde a semana passada.
As bolsas europeias fecharam em baixa. O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,72%, a 1.497 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,75%, a 388 pontos, recuando de uma máxima em oito meses atingida nesta semana.
As chances de desdobramentos econômicos da pandemia em 2021 no Brasil também seguem no radar, com o mercado atento a riscos de permanência de gastos emergenciais, o que prejudicaria a já frágil situação fiscal do Brasil.
Na véspera, a agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating “BB-” de crédito soberano brasileiro, mas manteve a perspectiva negativa, o que sinaliza riscos de rebaixamento da nota à frente, alertando para a deterioração das contas públicas.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a “saída fácil” é furar a regra do teto de gastos, mas que o governo não fará isso porque seria “irresponsabilidade com as futuras gerações”.
Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: G1 Economia
VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
Fonte: G1