Bolsonaro se irrita ao ser abordado sobre preço alto do arroz | Economia


O presidente Jair Bolsonaro se irritou neste domingo (25) com um homem que pediu para que baixasse o preço do arroz. Ele foi abordado na saída de uma feira no Cruzeiro, região administrativa do Distrito Federal ao lado de Brasília.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o homem perguntou: “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”.

O presidente respondeu: “Tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”.

O homem se afastou sem dizer mais nada. Bolsonaro, então, disse: “Fala, e vai embora”.

A alta no preço do arroz ao consumidor levou o governo a anunciar, em setembro, a isenção da tarifa de importação de 400 mil toneladas do alimento.

Alguns dos fatores que explicam a disparada de preços são o aumento do consumo interno devido à pandemia e ao Auxílio Emergencial; valorização do dólar em relação ao real; redução da disponibilidade do grão que abastecia o país, e queda na produção da Ásia, o que elevou a cotação do grão no mercado internacional.

Os ministros Braga Netto (esq.), Ramos (de boné) e o presidente Jair Bolsonaro em pamonharia de Sobradinho (DF); na parede, o aviso: “Atendimento somente com máscara” — Foto: Reprodução / TV Globo

A ida à feira no Cruzeiro foi uma das paradas que o presidente fez na manhã deste domingo ao passear de moto pelo Distrito Federal.

Antes, ele havia ido até Sobradinho, outra região administrativa ao lado de Brasília, onde comeu pamonha.

Sem usar máscara, Bolsonaro estava acompanhado dos ministros da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e da Casa Civil, general Walter Braga Neto.

O uso da máscara é obrigatório em áreas públicas de Brasília desde o dia 30 de abril. A aplicação de multas começou em 18 de maio.

Quem é flagrado sem o acessório pode ser multado em R$ 2 mil, além de responder pelo crime de infração de medida sanitária. A pena, neste caso, pode chegar a um ano de prisão.



Fonte: G1