Bolsonaro indica que pretende blindar Economia da reforma ministerial | Blog Ana Flor


A aproximação do Planalto com partidos do “centrão”, que se iniciou no ano passado, deve se aprofundar a partir da troca dos presidentes do Senado e, em especial, da Câmara, onde o governo tem jogado pesado com promessa de cargos e liberação de verbas em troca de apoio ao líder do PP, Arthur Lira (AL).

Eleição para presidência da Câmara dos Deputados será presencial no dia 1º de fevereiro

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O Ministério da Economia reúne hoje esferas que já foram 5 ministérios diferentes e é cobiçado por partidos que já comandaram estas áreas. É o caso da Secretaria de Trabalho e Previdência, que já foi um ministério comandado, em diversos governos, pelo PTB. O partido, aliado do Planalto, gostaria de voltar a dar as cartas no tema, considerado importante porque a geração de empregos é vital para o ano de 2021.

Mas o presidente tem a avaliação que a equipe do secretário Bruno Bianco tem bom desempenho na secretaria, que criou um dos programas do governo de maior sucesso da pandemia, o de manutenção de empregos formais com suspensão ou redução da jornada.

A geração de vagas de emprego é uma das apostas do governo para este ano, e Bolsonaro quer receber os louros pelas melhorias que conseguir no mercado de trabalho.

Outra parte do ministério cobiçada por partidos aliados é a de Indústria e Comércio. O Republicanos, que já teve como ministro da área seu presidente, Marcos Pereira (SP), gostaria de voltar ao comando do tema, novamente como um ministério da esplanada.

No ano passado, quando surgiram rumores de que o Ministério da Economia seria fatiado, o ministro Paulo Guedes chegou a falar a pessoas próximas que deixaria o governo caso sua pasta fosse desidratada.

Um assessor próximo do presidente, que acompanha as costuras políticas no Congresso, afirmou ao blog que o presidente disse mais de uma vez que, enquanto há muitos candidatos para alguns ministérios, seria muito difícil achar uma pessoa para substituir seu ministro da Economia.

Outro ministro relata que, apesar de pautas da equipe econômica terem dificuldade de avançar em alguns momentos, Bolsonaro e Guedes têm uma relação de lealdade e confiança.



Fonte: G1