Bolsas dos EUA fecham em baixa, após negociação sobre pacote de estímulo ser suspensa | Economia


A bolsa de Nova York fechou no vermelho nesta terça-feira (6), após a publicação de tuítes do presidente Donald Trump, anunciando o fim das negociações com os democratas do Congresso sobre um novo plano de ajuda a famílias e empresas até depois das eleições de novembro.

O Dow Jones perdeu 1,34% a 27.772,76 pontos; o Nasdaq, 1,57% a 11.154,60 unidades, e o S&P 500 caiu 1,40% a 3.360,97.

“Dei instruções aos meus representantes para que parem de negociar até depois das eleições” de 3 de novembro, tuitou o presidente republicano, acusando a interlocutora do governo, a presidente da Câmara de Representantes e líder democrata, Nancy Pelosi, de não negociar “de boa fé”.

“Imediatamente depois de vencer, aprovaremos um importante projeto de lei de estímulo concentrado nos trabalhadores e nas pequenas empresas americanas”, prometeu Trump, que disputa a reeleição.

O tuíte de Trump fez desabar as ações em Wall Street faltando menos de uma hora para o fechamento.

A expectativa de novas medidas de estímulo econômico era “um dos motores que fez avançar o mercado de forma contínua durante as primeiras sessões de outubro”, explicou Art Hogan, da National Securities.

“Nancy Pelosi e o secretário do Tesouro, (Steven) Mnuchin, se reuniram e falaram todos os dias e estávamos perto de um acordo. Mas, sem aviso, Donald Trump nos anuncia que seus negociadores interromperam as tratativas”, afirmou o especialista, para quem esta decisão será um duro golpe para a bolsa.

“Hoje, mais uma vez, o presidente Trump demonstrou sua verdadeira face: colocando-se em primeiro lugar às custas do país, com a total cumplicidade dos Membros do Congresso republicanos”, disse a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, em um comunicado.

Com a decisão, Trump também contradisse o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, que nesta terça-feira pela manhã havia reforçado a defesa de novas medidas de ajuda, em plena onda de demissões em massa nas companhias aéreas.

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Fonte: G1