Bolsas de NY avançam; S&P 500 e Nasdaq renovam recordes




Faltando uma única sessão no mês, tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 seguem em vias também de fechar o melhor mês de agosto desde 1984. Os índices acionários de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira (28), impulsionados pela perspectiva mais forte de que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) manterá os juros próximos de zero pelos próximos anos. Os índices encerram, com isso, uma semana de ganhos significativos, com o S&P 500 e o Dow Jones em vias de fechar o melhor mês de agosto em 36 anos.
Após ajustes, o S&P 500 fechou em alta de 0,67%, a 3.508,01 pontos, renovando a sua máxima histórica pela sexta sessão consecutiva, enquanto o Nasdaq voltou a renovar o seu recorde, após uma pausa ontem, fechando, hoje, em alta de 0,60%, a 11.695,63 pontos. O Dow Jones, por sua vez, subiu 0,57%, a 28.653,87, ficou cerca de 3,1% do seu recorde, anotado em fevereiro.
Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York
REUTERS/Shannon Stapleton
Faltando uma única sessão no mês, tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 seguem em vias também de fechar o melhor mês de agosto desde 1984, de acordo com dados da Dow Jones Market Data. Para o Nasdaq, este seria o melhor mês de agosto desde 2000.
Os dados divulgados hoje pelo Departamento do Comércio dos EUA ajudaram a dar suporte às ações, indicando que os gastos pessoais dos consumidores americanos subiram 1,9% em julho, ficando ligeiramente abaixo da expectativa de consenso, mas ainda indicando a continuidade da recuperação econômica americana no mês passado.
Os dados, porém, ainda refletem o mês de julho, quando o auxílio-desemprego adicional de US$ 600 semanais ainda estava em efeito. O estímulo fiscal acabou no fim de julho e o Congresso americano segue em um impasse, desde então, nas negociações de um novo pacote de ajuda, o que gera incertezas sobre a continuidade da recuperação em agosto.
Os investidores estavam atentos também ao índice de inflação de gastos com consumo (PCE), que é a medida de inflação preferida pelo Fed. O PCE indicou inflação de 0,3% em julho e, excluindo os elementos mais voláteis de alimentos e energia, o chamado núcleo do índice PCE de inflação também subiu 0,3% no período, ficando abaixo da expectativa de consenso, de alta de 0,5%.
O interesse renovado na inflação segue na esteira do anúncio feito na quinta (27) pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de uma mudança na abordagem do BC americano para a inflação. A autoridade monetária americana anunciou a adoção da meta de inflação média, que dá espaço para que o Fed permita que a inflação corra acima da meta de 2% por algum tempo sem elevar os juros para compensar períodos prolongados de inflação abaixo do objetivo.
O anúncio foi visto como uma confirmação de que os juros permanecerão próximos de zero pelos próximos anos nos EUA, mas analistas apontam que a perspectiva de uma inflação acima de 2% ainda permanece distante.
Negociações para um novo pacote de estimula à economia nos EUA param novamente



Fonte: G1