Bolsas da Europa fecham em alta, beneficiadas por dados da China | Economia


Os principais índices europeus encerraram a terça-feira (15) com ganhos, pegando impulso na recuperação da atividade econômica chinesa, atestada nos dados de produção industrial e vendas do varejo no país.

O índice Stoxx 600 Europe terminou a sessão com ganhos de 0,66%, aos 370,96 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,32%, a 6.105,54 pontos, enquanto, em Frankfurt, o DAX avançou 0,18%, aos 13.217,67 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,32%, a 5.067,93 pontos. Em Milão e Madrid, as referências tiveram ganhos de 0,82% e 1,22%, respectivamente.

Na China, os dados econômicos mostraram que a recuperação da segunda maior economia global continuou acelerando em agosto. As vendas no varejo do país voltaram aos níveis pré-pandemia, subindo 0,5% na comparação com agosto do ano passado. A produção industrial chinesa, por sua vez, subiu 5,6% na comparação anual, superando as já elevadas expectativas de consenso.

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“Os detalhes disponíveis mostram que os gastos das famílias foram bastante fortes, em geral, no mês passado, com apenas as vendas de joias e móveis caindo em termos reais, em relação ao mês anterior”, disse Miguel Chanco, economista sênior para a Ásia da Pantheon Macroeconomics.

A perspectiva de melhora na segunda maior economia do mundo deu impulso aos ativos de risco globais. O setor de construção e materiais do Stoxx 600 liderou os ganhos diários dentro do índice, em alta de 1,07%.

“Os dados chineses deram um impulso às ações na Ásia e no comércio europeu, enquanto o câmbio permaneceu estável, em uma sessão tranquila, com pouco fluxo de notícias adicionais para mover os preços”, afirmou o diretor executivo da BK Asset Management, Boris Schlossberg.

As ações da H&M saltaram 10,79% em Estocolmo, uma vez que a varejista de moda sueca disse que seu trimestre encerrado em 31 de agosto foi mais forte do que o esperado, ajudado por coleções bem recebidas, mais vendas de preço total e controle de custos. A rival Inditex, dona da Zara, subiu 5,15% em Madrid.

Já as ações da Faurecia — fabricante francesa de pelas automotivas — recuaram 6,59%, depois que a Peugeot disse que atrasaria a distribuição de suas ações no fornecedor para a Fiat Chrysler até que a fusão fosse concluída. As duas montadoras estão alterando seu acordo de fusão, e os acionistas da Fiat Chrysler receberão um dividendo menor.

“Apesar da revisão dos termos, continuamos positivos [na Fiat Chrysler], pois acreditamos que a fusão representa uma das poucas histórias de agregação com um forte valor industrial a nível europeu”, disse Martino De Ambroggi, analista da Equita. Os papéis da Fiat dispararam e subiram 9,01% nesta terça-feira (15).



Fonte: G1