Bolsa volta a bater 100 mil pontos após 4 meses, mas opera instável




A última vez que o Ibovespa tinha atingido o patamar tinha sido em 6 de março. Ibovespa é o principal índice da B3, a bolsa brasileira
Amanda Perobelli/Reuters
O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, voltou a bater os 100 mil pontos pela primeira vez em mais de 4 meses na abertura da sessão desta quinta-feira (9), mas opera instável, tendo de pano de fundo um cenário também sem viés definido no exterior.
Às 10h26, o Ibovespa caía 0,03%, aos 99.736 pontos. Mais cedo, chegou a bater 100.191 pontos. Veja mais cotações.
Já o dólar opera em queda, ao redor de R$ 5,25.
A última vez que a Bolsa havia superado os 100 mil pontos tinha sido em 6 de março. Já a última vez que o índice fechou uma sessão acima do patamar foi em 5 de março (102.233 pontos), dias antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia de Covid-19.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 2,05%, a 99.769 pontos, passando a acumular alta de 4,98% no mês. No ano, porém, a bolsa ainda tem queda de 13,71%.
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Cenário local e interno
As atenções seguiam voltadas para o exterior, com investidores monitorando sinais de recuperação da economia e novos aumentos em casos de Covid-19.
As bolsas da China fecharam em alta nesta quinta, com os mercados de ações do país engatando a maior série de altas em dois anos, apesar da crescente tensão sobre Hong Kong e da incerteza econômica causada pelo Covid-19.
No Brasil, indicadores econômicos de maio e junho indicam uma reação da economia e sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, mas economistas alertas para incertezas ainda elevadas e riscos de piora fiscal e descontrole do coronavírus.
Para o estrategista-chefe da XP Investimento, Fernando Ferreira, o Ibovespa ainda tem espaço para alta, principalmente em relação a outras opções de investimentos, dado o cenário de juros baixos no país, embora tende a ser menor após a forte recuperação desde as mínimas do ano.
Após encostar nos 120 mil pontos em janeiro, o índice afundou em março por causa da Covid-19, chegando a 61.690 pontos no pior momento. Desde então, já subiu mais de 60%, apoiado na forte liquidez nos mercados, resultado de medidas de combate aos efeitos econômicos da pandemia, bem como sinais de rápida retomada principalmente da China e dos Estados Unidos.
A XP revisou no começo do mês passado sua projeção para o Ibovespa para o final do ano de 94 mil para 112 mil pontos. Ferreira não descarta eventuais ajustes na expectativa no curtíssimo prazo, mas sinalizou que deve esperar a safra de resultados corporativos do segundo trimestre.
Variação do Ibovespa em 2020
G1 Economia



Fonte: G1