BNDES suspende pagamento de empréstimos por até seis meses | Economia


Desta vez, o foco serão os micro e pequenos empreendedores de diversos setores econômicos que contrataram empréstimos por meio de instituições financeiras credenciadas.

O período de pausa nos pagamentos será de até seis meses e a nova rodada traz também a possibilidade de prorrogação do prazo total de financiamento em até 18 meses, o que não estava previsto na suspensão oferecida no ano passado.

Com a duração dos efeitos da pandemia sobre a economia brasileira em 2021, o BNDES decidiu oferecer novamente a possibilidade de que as empresas suspendam o pagamento das parcelas de seus financiamentos, explica Bruno Laskowski, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto.

“As micro e pequenas empresas poderão contar com esse alívio no caixa e, com isso, acreditamos aumentar as chances de elas superarem a crise e manterem empregos”, diz Laskowski.

O BNDES estima que mais de 100 mil empresas possam ter pagamentos suspensos, em valor potencial de R$ 2,9 bilhões. As operações desta modalidade de crédito, contratadas em Taxa de Longo Prazo (TLP), poderão ter o prazo final prorrogado por até 18 meses.

O BNDES já disponibilizou solução similar em 2020. A prática de suspensão de pagamentos, conhecida no mercado como “standstill”, contou com duas rodadas no ano passado, totalizando R$ 3,1 bilhões em pagamentos de financiamentos indiretos automáticos suspensos, beneficiando quase 29 mil empresas com 2,5 milhões de trabalhadores.

A suspensão das prestações deverá ser negociada pelo empreendedor diretamente com o agente financeiro que lhe concedeu o financiamento original. Os pedidos podem ser feitos a partir desta quinta-feira (29).

Não estão incluídos nessa possibilidade os empréstimos tomados na modalidade do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC) ou quaisquer outros que contam com algum fundo garantidor ou subvenção econômica; aqueles tomados para negócios envolvendo comércio exterior ou contratados pela administração pública; e dívidas agrícolas já renegociadas.



Fonte: G1