Black Friday: lojas registram movimento abaixo do esperado no Centro de Teresina | Piauí


Vendedores, gerentes e lojistas da capital não registraram o movimento esperado nessa manhã de Black Friday em Teresina. Neste sexta-feira (26), o g1 foi às ruas da Zona Leste e do Centro da capital e o movimento registrado foi pelo menos 20% inferior ao esperado. Para as pessoas, poucos produtos estavam com preços realmente atrativos.

Uma das consumidoras no Centro da cidade foi Beatriz Pimentel, que trabalha com confecções e destacou a necessidade de planejamento e atenção na hora das compras. Ela comprou cerca de 500 unidades de cabide, nesta sexta (26).

“Estou comprando esses cabides porque estou precisando, mas não encontrei tantos preços baixos como imaginava. O segredo é pesquisar, muitas pessoas não pesquisam por falta de tempo, mas é a minha dica. Muitos lugares aumentam os preços pra depois diminuir e acaba sendo uma fraude pra quem não tem atenção”, disse.

Esta também é a dica do Procon do estado do Piauí. O assessor técnico do órgão, Ricardo Alves, explicou que o ideal era fazer uma pesquisa de preços dias antes do Black Friday para não cair na maquiagem de preços.

No início desse mês uma equipe do Procon foi em vários lojas da cidade de Teresina, onde colheu os preços de vários produtos e criou uma tabela que pode ser acessada pela população, no site da instituição.

Para Antônio Valderli, gerente de uma loja de eletrodomésticos no centro de Teresina, o movimento ficou abaixo do esperado.

“A movimentação está menor do que ano passado, não está como esperávamos. Mas ainda está melhor que em dias normais. Adotamos quatro estratégias para atrair os clientes. Primeiro fechar a loja por algumas horas para organizar os preços, segundo foi reforçar a divulgação na mídia, terceiro aumentar o estoque de produtos da pronta entrega, então o cliente chega e leva pra casa. E quarto, foi reduzir o prazo de entrega de produtos que não estão na loja”, disse.

Segundo o vendedor de uma loja de eletrônicos, Felipe Machado, o movimento ficou 20% abaixo da expectativa.

“Temos decoração na loja, alto falante, descontos muito bons, mas só conseguimos 80%, está fraco”, comentou.

Para algumas pessoas, os preços até que compensaram. Como de costume, alguns dos produtos mais procurados foram os eletrônicos. A operadora de telemarketing Suellen Maria Martins conseguiu renovar os eletrodomésticos da cozinha de casa e comprou fritadeira, liquidificador, panela de arroz elétrica e uma batedeira.

“Eu aproveitei mais do que o planejado até, gostei muito dos preços, estou sentindo que dei sorte”, comemorou.

Lucas Silva do Nascimento, vendedor de uma loja do Centro, a movimentação registrada pode estar ligada ao período do fim de ano, quando a procura por produtos aumenta normalmente.

“Todo final de ano a expectativa é superada. A gente bate metas e mais metas porque, querendo ou não, faz parte da cultura do povo procurar comprar. O décimo terceiro sai… E mesmo que não, todo mundo quer aquela roupa, aquele acessório pra começar o fim de ano com tudo. No dia de hoje a gente se prepara pra grande demanda, tem muita mercadoria em estoque”, comentou.

A professora Maria do Socorro Rosa preparou uma lista para organizar as compras e conter o impulso. Entre os utensílios estão televisão, liquidificador e toalhas para a família.

“Eu já tinha em mente o que queria, então vim direto nessas coisas, porque a gente também precisa se conter. Sempre me organizo para comprar nessa época do ano e estou surpresa, encontrei bons preços. Muita coisa não entrou na promoção, nunca colocam tudo, mas tá valendo”, ponderou.

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Fonte: G1