Banco Mundial vê alta de 4,5% no PIB brasileiro em 2021, abaixo da previsão para a América Latina | Economia


A economia brasileira deve crescer 4,5% este ano, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira (8) pelo Banco Mundial. A previsão está em linha com a dos analistas de mercado brasileiros, que veem alta de 4,36%, segundo o boletim Focus do Banco Central.

Segundo o banco, a expansão brasileira vem apoiada na nova rodada do Auxílio Emergencial e em condições favoráveis de crédito domésticas e do exterior. Ele alerta, no entanto, que os riscos para toda a América Latina e Caribe são negativos, diante de uma vacinação lenta e do crescimento de novos casos de Covid-19.

“O Brasil, em particular, está enfrentando o surgimento de variantes que não apenas infectaram, mas reinfectaram pessoas”, aponta o banco.

A previsão de crescimento do Brasil é menor que a do conjunto da América Latina e Caribe, de 5,2%, impulsionado pela flexibilização das medidas de mitigação da pandemia, o início da vacinação, a estabilização dos preços das principais commodities e a melhoria das condições externas. Já para 2022, a estimativa é de alta de 3% no PIB da região.

A perspectiva para 2021 no Brasil também é menor que as estimativas de expansão para as principais economias da região: o Banco Mundial vê alta de 5% para o PIB do México; 6,4% na Argentina; 5% na Colômbia; 5,5% no Chile; e 8,1% no Peru.

Previsões de PIB – Banco Mundial — Foto: Economia G1

A previsão do Banco Mundial para o crescimento global deste ano é de 5,6% – a maior alta pós-recessão dos últimos 80 anos – apoiada na forte recuperação de algumas das principais economias do mundo.

Entre elas, os Estados Unidos devem crescer 6,8%; e a China, 8,5%. Já a zona do euro deve ter expansão de 4,2%, e o Japão de 2,9%.

Apesar da recuperação, o PIB global deve ficar cerca de 2% abaixo das projeções de antes da pandemia. As perdas de renda per capita não serão recuperadas até 2022 para cerca de 2/3 das economias emergentes e em desenvolvimento.

“Entre países de baixa renda, onde a vacinação é lenta, os efeitos da pandemia reverteram os ganhos de redução de pobreza e agravaram a insegurança e outros desafios duradouros”, diz o Banco Mundial.

“Embora haja sinais bem vindos de recuperação global, a pandemia continua a infligir pobreza e desigualdade em países em desenvolvimento ao redor do mundo”, apontou o presidente do banco, David Malpass. “Esforços globais coordenados são essenciais para acelerar a distribuição de vacinas e para aliviar as dívidas, particularmente dos países de baixa renda”.



Fonte: G1