Banco Central registra cadastro de 33,7 milhões de ‘chaves’ no PIX; fintechs lideram ranking | PIX


O Banco Central informou nesta quarta-feira (14) que chegou a 33,7 milhões de cadastros de “chaves” de identificação para uso do PIX, o novo sistema de pagamentos e transferências desenvolvido pela instituição.

O Nubank lidera a quantidade de cadastros de chaves, com 8 milhões. Em seguida, aparecem Mercado Pago (4,7 milhões de chaves), PagSeguro (4,3 milhões), Bradesco (3,7 milhões) e Caixa Econômica Federal (2,4 milhões).

  • Desde segunda-feira (5), os brasileiros podem cadastrar suas informações nos bancos e instituições de pagamento para o uso do PIX;
  • A partir de 3 de novembro, começará uma fase de testes do PIX, em que o serviço será disponibilizado para alguns clientes selecionados;
  • Os pagamentos e transferências por meio do novo serviço para todos os clientes cadastrados, em todo o país, só serão possíveis a partir de 16 de novembro.

A “chave PIX” é a informação que vai identificar um cliente e a conta bancária dele no sistema. Essa chave poderá ser um número de celular, um e-mail, o CPF ou o CNPJ. Leia mais abaixo neste texto como cadastrar uma chave para usar o PIX.

O cadastramento é necessário para aqueles que pretendem utilizar o PIX em transações financeiras, mas não é obrigatório.

Cadastro da

Cadastro da ‘chave PIX’ pode ser feito a partir desta segunda (5)

A expectativa é que o PIX seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito, instantâneo e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. A previsão é que a maioria das transações seja aprovada e finalizada em até 10 segundos.

Como vai funcionar o PIX – pagamento instantâneo — Foto: Editoria de Arte / G1

De acordo com o BC, 677 instituições já foram aprovadas para oferecer o serviço a clientes e iniciar nesta semana o cadastro das chaves. .

O BC confirmou que as instituições financeiras poderão reter transferências e pagamentos feitos por meio do PIX por até uma hora em caso de suspeita de fraude.

O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, Carlos Eduardo Brandt, informou que “todas as ações estão sendo direcionadas” para evitar problemas. Ele acrescentou que o BC está avalia como fazer o estorno de valores em caso de fraudes.

“Ocorrendo fraude, estamos construindo essa dinâmica de devolução da operação. Está sendo trabalhado dentro com o grupo técnico de segurança, mas terá uma opção para trabalhar com situações atípicas”, disse ele.

Entenda o que é e como vai funcionar o PIX

Entenda o que é e como vai funcionar o PIX

Como cadastrar a ‘Chave PIX’?

Para usar o PIX, basta que o cliente peça ao banco ou instituição financeira onde possui conta corrente, conta poupança ou carteira digital.

A instituição vai fazer no Banco Central o cadastramento da “chave” escolhida pelo cliente, e que vai identificar a ele e à conta dele.

Os quatro tipos de chaves Pix que poderão ser usadas e cadastradas são:

  • Número de CPF;
  • Número do CNPJ;
  • Endereço de e-mail;
  • Número do telefone celular

Já para usar o PIX, ou seja, para fazer transferências ou pagamentos usando o sistema, será necessário acessar o aplicativo, site ou o caixa eletrônico do banco, assim como é feito atualmente com o DOC e o TED, por exemplo.

Ao invés de digitar uma série de informações, como nome completo, dados bancários e CPF, com o PIX basta inserir a chave da pessoa ou empresa que vai receber o pagamento ou transferência.

Ao digitar a chave, os dados da conta do destinatário aparecerão automaticamente na hora de realizar a transação, bastando conferir a identificação e digitar os valores antes de confirmar a operação.

Não será possível, porém, vincular uma mesma chave a mais de uma instituição financeira ou a mais de uma conta bancária. Ou seja, se no banco A o cliente cadastrar um email, no banco B terá que cadastrar um outro email ou então o número de celular ou o CPF.

Independente do cadastro de uma chave, o sistema vai permitir receber ou enviar um PIX usando a opção inserção manual. Nessa situação, será necessário informar os dados de banco, agência, conta, CPF e nome do favorecido, de forma semelhante à que acontece hoje com TEDs e DOCs.

As transações pelo PIX poderão ser feitas também por meio de QR Code, o que permitirá que o cliente tanto efetue um pagamento no comércio ou gere um código próprio para receber uma transferência, podendo inclusive já definir o valor da transação. No lugar de informar os dados de uma conta para depósito, bastará por exemplo enviar um QR Code por email ou aplicativo de troca de mensagens.

O QR Code possuirá dois formatos no PIX:

  1. Estático: que poderá ser utilizado para transferências ou compras no comércio, quando as informações para pagamentos tem preço fixo (Exemplo: vendedor de água de coco)
  2. Dinâmico: que poderá ser utilizado quando as informações para pagamentos muda (Exemplo: supermercado, quando o valor de cada compra é diferente)

O Banco Central não fixou um valor máximo para as transações que forem feitas pelo PIX. Os bancos e participantes estão autorizados, entretanto, a estabelecer limites máximos para as operações, visando diminuir o risco de fraudes.

Assim, as instituições financeiras e de pagamento poderão estabelecer limites por usuário pagador, por transação, por dia ou por mês. Segundo a Febraban, num primeiro momento, os limites deverão ficar em linha aos que hoje são permitidos para TED e compras com cartão de débito.

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Fonte: G1