Aumento na procura por animais de reposição movimenta leilões no Tocantins


O preço da arroba do boi gordo fez aumentar a corrida por animais de leilões no Tocantins. Só nas últimas semanas houve uma procura de 15% no estado. Do total, 80% é voltado à procura de animais de reposição, engorda e recria.

O aumento na procura também se deve à chegada do período de chuvoso, renovação de pastagens e, principalmente, ao preço pago pela arroba do boi gordo nos frigoríficos, o que já estava sendo apontado nesta última quinzena de outubro.

Leilões no Tocantins

Reação no preço da arroba do boi faz aumentar a procura por animais de leilões no Tocantins.
Reação no preço da arroba do boi faz aumentar a procura por animais de leilões no Tocantins. Foto: Divulgação

A procura pelos animais de pasto está maior que a oferta, o que provoca a elevação de preços, além disso não há animais de confinamento em grande volume disponíveis para a engorda. A alta do boi também vem influenciando nos preços do garrote.

O pecuarista Breno Ayres, explica que geralmente 80% dos animais arrematados em leilões no Tocantins é para recria e engorda.

“Mesmo com alguns vendedores tentando negociar acima do preço de referência, é possível encontrar animais com bom preço para ambos”, disse o pecuarista.

Em uma das principais praças leiloeiras do estado, que fica no município de São Valério da Natividade, no sul do Tocantins, a falta de gado vem gerando impacto nos negócios. A média é de 900 a 1,5 mil exemplares por leilão, número bem abaixo de exemplares dos anos anteriores.

Em sua maioria, a procura é por animais machos com idades entre 0 a 12 meses, que estão sendo arrematados ao preço máximo de R$ 1.350. Já as vacas magras estão sendo vendidas ao valor de R$ 1.400.

Reação no preço da arroba do boi faz aumentar a procura por animais de leilões no Tocantins.
O descarte de matrizes tem afetado todo o processo produtivo da carne. Foto reprodução

Previsões

Segundo a leiloeira Adrielle Alves Barbosa, nesta época do ano as vendas são altas, mas 2023 está sendo um ano atípico para os pecuaristas e também para o próprio setor de leilões, que vem encontrando dificuldades para adquirir animais em grande quantidade, tanto para compra e revenda, quanto para renovação do plantel.

“Mesmo com poucos animais e com a grande procura, devemos fechar o ano com os mesmos valores do ano passado”, disse a leiloeira.

Segundo a Scot Consultoria, com a virada do ciclo pecuário prevista para o final de 2024 e início de 2025, este pode ser um bom momento para investir em bovinos de reposição, já que os preços devem começar a melhorar no início do próximo ano.



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