Atividade de negócios na zona do euro tem forte queda em novembro puxada por serviços | Economia


O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) caiu acentuadamente na zona do euro em novembro, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23) pela IHS Markit. A queda foi puxada pelo setor de serviços, mais impactado pelas medidas atuais dos governos para conter a segunda onda da covid-19 no continente.

O PMI composto, que inclui os resultados de indústria e serviços, caiu de 50,0 em outubro para 45,1 pontos neste mês, pior do que a expectativa de 47,1 de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”.

O PMI de serviços caiu para 41,3 pontos em novembro, de 46,9 em outubro, pior do que a expectativa de 42,4, de acordo com os dados preliminares.

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O PMI industrial caiu menos, de 54,8 em outubro para 53,6 em novembro, ficando um pouco acima da expectativa de 53,1 de economistas consultados pela pesquisa do “Wall Street Journal”.

Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade, enquanto acima de 50 apontam expansão.

“A economia da zona do euro mergulhou de volta em um declínio severo em novembro em meio a esforços renovados para anular a crescente onda de infecções por covid-19. Os dados aumentam a probabilidade de que a região verá o PIB se contrair de novo no quarto trimestre”, afirmou por meio de comunicado o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson.

Na Alemanha, o PMI de serviços caiu para 46,2 em novembro, de 49,5 em outubro, enquanto o PMI industrial recuou para 57,9, de 58,2 em outubro. O PMI composto cedeu para 52,0, de 55,0 em outubro.

Os resultados foram piores na França, onde o PMI de serviços despencou para 38,0 em novembro, de 46,5 em outubro, enquanto o PMI industrial também caiu para território de contração a 49,1 em novembro, de 51,3 em outubro. Assim, o PMI composto cedeu para 39,9 pontos, de 47,5 em outubro.

Apesar dos dados ruins, o economista da IHS Markit Eliot Kerr destaca pontos positivos na leitura dos dados preliminares da França.

“Com o renovado endurecimento das restrições na França no fim de outubro, uma queda acentuada na atividade do setor privado durante novembro foi quase inevitável. No entanto, é um tanto positivo ver que a última contração foi substancialmente mais lenta do que durante o bloqueio anterior. Estes resultados sugerem que algumas empresas francesas foram capazes de adaptar suas operações às novas condições”, afirmou em comunicado.

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Fonte: G1