Ascensão e recorde de aportes em startups latino-americanas

Conhecidas como espaço de inovação, as startups estão se destacando cada vez mais no mercado, principalmente por conta de seus modelos de negócios. Geralmente, startups usam as tecnologias ou iniciativas inovadoras para tornar um processo mais simplificado ou um produto mais sustentável, o que atrai tanto clientes como investidores. 

Por conta dessa visão de futuro, o investimento em startups aumenta cada dia mais em todo o mundo, pois são vistas como empresas focadas na mudança. Em meio a isso, a América Latina e o Brasil tornaram-se foco dos investidores, que enxergam nessas localidades um grande potencial de crescimento. 

Apenas este ano, já foram mais de 9 milhões de dólares investidos e esse número pode dobrar até o final do ano, aponta pesquisa da Consultoria Atlântico. De acordo com o estudo, esse número mostra o quanto o mercado está ganhando espaço e ainda tem muito a crescer no continente e, sobretudo, no Brasil. 

Investimentos em startups latino-americanas

Nos últimos anos, a América Latina vem sendo o berço das startups. No Brasil, já existem mais de 12 mil dessas empresas que oferecem os mais diferentes tipos de serviços e produtos. 

Com isso, investidores de todo o mundo começaram a olhar de maneira mais significativa para esse mercado. Segundo a Consultoria Atlântico, 614 startups receberam investimentos em 2019 e, agora, o número está chegando a 800, mostrando um aumento do interesse dos investidores nas empresas da região.

E os valores não são baixos: apenas na primeira metade de 2021, já foram investidos US$9,3 bilhões e as estimativas mostram que esse valor pode chegar a US$20 bilhões até o final do ano, batendo recordes dos últimos anos e impulsionando cada vez mais esse mercado.

O número é expressivo porque significa um crescimento de quatro vezes se comparado a 2018 e 2019, quando a soma chegou a US$5,3 bilhões. Segundo a consultoria, esse aumento nos investimentos se dá por conta da queda das taxas de juros globais e o momento de pós-pandemia, quando se vê a necessidade de investimentos em mercados digitais e que utilizem o potencial das tecnologias emergentes. 

Um mercado que só cresce

Usar as novas tecnologias como norte da tomada de ações é um dos fatores que fazem as startups serem vistas como “à frente de seu tempo”. Focando nas mudanças atuais e futuras da sociedade, conseguem atuar em um mercado ainda defasado e ganhar espaço nele. 

Um dos exemplos mais comuns são os bancos digitais (startups do setor financeiro), que se tornam cada vez mais populares no Brasil e na América Latina. Esse segmento é, inclusive, o que mais recebe investimentos, com 40% da fatia destinada a eles, de acordo com o estudo da Consultoria Atlântico. 

Alguns destaques são Nubank e C6 Bank, considerados “unicórnios”, apelido que se dá a startups que valem mais de US$1 bilhão. Até 2018, a América Latina contava com quatro unicórnios e hoje já são mais de 20, podendo chegar a 26 até dezembro. 

Outras consultorias consideram o número de 34 unicórnios até o final de 2021, considerando as que estão em vias de receber cada vez mais investimentos. Um detalhe que chama a atenção é que até 2017 existiam apenas duas empresas com o título na América Latina, Mercado Livre e Decolar, ambas argentinas. Quatro anos depois, o Brasil conta com 60% dos títulos.

Segundo o estudo, os números mostram o quanto a região é propensa ao crescimento e vista como um bom local para investimentos. Além disso, a importância dos serviços tecnológicos e digitais aumentou com a pandemia, o que também fez com que investidores apostassem em empresas que visam essa facilidade.

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