Arthur Lira minimiza troca na Petrobras e chama reação do mercado de ‘bolha histérica’ | Economia


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), minimizou nesta terça-feira (23) a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras e chamou de “bolha histérica” a reação do mercado financeiro à troca do presidente da estatal.

Descontente com a política de preços da petroleira, Bolsonaro anunciou na sexta-feira (19) a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco.

A mudança gerou muitas críticas e teve impacto na negociação das ações da estatal, que perdeu valor de mercado.

Troca de comando na Petrobras derruba as ações da empresa e a bolsa
Troca de comando na Petrobras derruba as ações da empresa e a bolsa

5 min Troca de comando na Petrobras derruba as ações da empresa e a bolsa

Troca de comando na Petrobras derruba as ações da empresa e a bolsa

A interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras voltou a provocar perdas. As ações da empresa tiveram baixa histórica de 20%, e a bolsa de valores brasileira fechou em queda de quase 5%.

“Criou um clima – sem nenhum tipo de adjetivação – que, para mim, é uma bolha histérica”, afirmou Lira durante participação em uma live promovida pelo jornal “Valor Econômico”..

“Todos os grandes influenciadores do mercado estão aconselhando comprar [ações da] Petrobras. Então, será que o ex-presidente da Petrobras era o único que poderia ter a fórmula do cálculo ideal de como é que é feita a conta do combustível, do óleo e da gasolina? Não”, completou.

Segundo o presidente da Câmara, não há nenhum indicativo de ingerência do Palácio do Planalto na política de preços da empresa.

“Não há nenhuma previsão de ingerência. Não houve nenhuma conversa aqui em Brasília, que eu tenha tomado conhecimento, de ingerência nos preços, de congelamento, de voltarmos a épocas anteriores”, disse.

Atribuição do presidente

Para Lira, a substituição do presidente da Petrobras é uma decisão administrativa e diz respeito a uma atribuição do presidente da República.

“São decisões administrativas, pertinentes ao presidente da República, que eu não sei se foi da maneira correta ou de maneira errada. Mas é da atribuição dele. E não vejo simplesmente o fato de trocar o presidente de uma empresa de livre nomeação do presidente da República que possa criar esse tipo de expectativa”, afirmou.

Lira ressaltou ainda que “a Câmara e o Senado Federal têm todas as ferramentas para manter o Brasil nos trilhos e nos acompanhamentos das situações econômicas que possam acontecer, com freios e contrapesos”.

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Fonte: G1