Arábia Saudita alega contaminação microbiológica após suspender compra de carne de aves de frigoríficos brasileiros, diz Itamaraty | Agronegócios


A justificativa oficial do governo saudita ocorreu três dias após a suspensão. O país é o segundo maior comprador da carne brasileira, depois da China.

“Por meio da Nota Verbal, a SFDA informou que os estabelecimentos foram suspensos, com vigência a partir de 23/05/2021, porque produtos exportados pelas empresas envolvidas teriam ultrapassado limites e padrões microbiológicos estabelecidos no Regulamento Técnico nº GSO 1016/2015″, informa a nota do Itamaraty.

O governo brasileiro afirma ainda que “não foram apresentados dados a respeito dos limites suspostamente ultrapassados, nem dados científicos acerca da metodologia utilizada nas análises que teriam sido realizadas”.

“O Itamaraty tampouco foi informado pelas autoridades sauditas da natureza das detecções”.

Os 11 frigoríficos suspensos foram:

  • 5 da Seara Alimentos: em Amparo (SP), Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Caxias do Sul (RS), Ipumirim (SC);
  • 3 da Vibra Agroindustrial: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG)
  • 2 da JBS: em Montenegro (RS) e Passo Fundo (RS);
  • 1 da Agroaraçá: em Nova Araçá (RS).

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que “entre nações-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), como é o caso do Brasil e do Reino da Arábia Saudita, não é aceitável a imposição de barreiras sanitárias sem as devidas comprovações técnicas”.

A associação reforçou que, até o presente momento, não houve envio, por parte das autoridades sauditas, de qualquer relatório com informações que fundamentem a suspensão.

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Fonte: G1