Após EUA deixarem Acordo de Paris, Brasil tenta se firmar com liderança ambiental e reafirma em Davos compromisso com COP30




Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Autoridades brasileiras participaram do evento. Logo do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), é visto dentro do Centro de Conferências antes do Fórum Econômico Mundial de 2025, em Davos, na Suíça.
Yves Herman/ Reuters
A meses de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Brasil tenta se firmar como uma liderança ambiental ao mesmo tempo em que os Estados Unidos anunciam, mais uma vez, a intenção de deixar o Acordo de Paris.
O Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21).
Decretos de Donald Trump repercutem no Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça
Participaram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, do governador do Pará, Helder Barbalho, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a diretora de sustentabilidade do iFood, Luana Ozemela.
Para Barroso, embora o Brasil ainda não tenha condições de ser uma liderança industrial ou tecnológica, em algum momento, o país pode se destacar com liderança ambiental.
O presidente do STF destacou a “volta triunfal do negacionismo” e disse que a agenda ambiental vai enfrentar resistência daqueles que questionam as mudanças climáticas.
Em sua posse nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mais uma vez a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
No seu 1º mandato, Trump já havia retirado o país do acordo, alegando que ele prejudicava a economia americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos.
O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden em 2021.
COP30 no Brasil
O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que a COP será sediada em Belém após duas edições em países cujas economias são baseadas em combustíveis fósseis (no Azerbajão e nos Emirados Árabes Unidos).
“O Brasil está colocando pessoas para debater meio ambiente com o pé na floresta”, declarou.
Uma das pautas brasileiras é que os países ricos, que tiveram consolidaram suas economias com base em processos industriais poluentes, financiem a transição dos países em desenvolvimento.
Para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a COP30 será uma oportunidade para discutir o papel das cidades no cumprimento das metas climáticas e encontrar maneiras de financiar sua descarbonização.
“Vejo a COP30 nesse ano e o fato de se realizar em Belém como uma enorme oportunidade de enfrentarmos finalmente essa história do financiamento das cidades do Sul Global”, afirmou.
A COP 30 será realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.



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