A retomada, no entanto, foi desigual. Enquanto a indústria abriu 123.136 postos de trabalho no período, e puxou a alta dos números, o setor de serviços ainda não recuperou as perdas: foram mais de 125 mil postos fechados nos últimos 12 meses, mesmo com a criação de 83 mil postos só em janeiro deste ano.
Dentro desse universo, alojamento e alimentação sofreu o pior baque. Nos 12 meses até janeiro, foram 268.577 vagas formais a menos – apesar da recuperação de 5.441 vagas no primeiro mês do ano.
Caged: Brasil criou pouco mais de 260 mil empregos com carteira assinada em janeiro de 2021
O resultado não surpreende. Dados do IBGE mostraram, no início do mês, que os serviços acumularam queda de 8,3% nos 12 meses até janeiro, um recuo recorde para o período. E em 2020 fechado, alojamento e alimentação levou um tombo de 36,8%.
Saldo de vagas formais em 12 meses até janeiro — Foto: Economia G1
Educação, transportes e artes e cultura também têm perdas
Os dados do Caged mostram que o emprego no setor de educação também foi bastante afetado. Nos 12 meses até janeiro, foram quase 90 mil vagas fechadas, sendo 4 mil delas só no último mês do levantamento.
Transportes, armazenagem e correio, por sua vez, perdeu 54,4 mil vagas em 12 meses – mesmo com a recuperação de 883 postos em janeiro.
Percentualmente, no entanto, artes, cultura, esporte e educação tiveram um choque maior: o setor teve uma queda de 11,23% no emprego, equivalente à perda de 29.715 postos de trabalho.
Fonte: G1