Alimentos caros: nutricionista dá dicas de como fazer substituições por produtos mais baratos | Espírito Santo


A alta da inflação que encarece os alimentos está obrigando o consumidor capixaba a fazer escolhas mais duras na hora de fazer a compra do supermercado. Mas deixar de levar alguns alimentos para casa pode afetar a ingestão de nutrientes na dieta diária.

A reportagem foi até um supermercado da Grande Vitória acompanhada de uma nutricionista. A especialista indicou a melhor forma de fazer a opção para alimentos mais baratos sem comprometer a qualidade nutricional.

A nutricionista Mirian Patrícia Paixão orientou que, especialmente entre os vegetais, uma forma de identificar quais alimentos podem oferecer propriedades similares são o grupo ao qual eles pertencem e, em grande parte dos casos, essa característica pode ser observada pela cor do alimento.

“A cenoura pode ser substituída pela abóbora ou pela moranga, por exemplo. Elas têm a mesma cor, são ricas em betacaroteno e tem outros nutrientes similares”, falou a profissional.

No supermercado em que a reportagem foi feita, o preço do quilo da abóbora estava R$ 1 mais barato que o da cenoura.

Outro exemplo de troca que pode ser feita é entre a batata, o inhame e a mandioca, e, neste caso, até mesmo o arroz.

“Arroz e polenta também são bastante similares. Ter apenas um deles no prato é o suficiente e ajuda a economizar”, explicou.

Carne mais barata pode gastar mais

A alta no preço das proteínas de origem animal também está levando o capixaba a optar por cortes mais baratos, mas a nutricionista faz um alerta: cortes de carne que são muito duros ou exigem um preparo muito elaborado podem comprometer o orçamento pelo aumento do consumo do gás.

Cenoura teve aumento de 178% em 12 meses no Brasil — Foto: Pixabay

A dica da profissional é que o consumidor leve em conta o tempo de cozimento da proteína.

Além disso, o consumidor deve ficar atento a cortes que tem um percentual de gordura muito alto em relação à quantidade de carne.

“A carne está mais cara, em seguida vem o porco e o frango, por sua vez, é o mais barato, até por termos uma produção avícola considerável no estado. Então uma opção é o peito de frango, que tem baixo teor de gordura em relação a outros cortes e é prático de fazer, assim como o ovo”, disse.

A nutricionista orienta que os consumidores não deixem de comer frutas, mas escolham variedades que estão em safra.

“Entre os cítricos, por exemplo, pode escolher entre as frutas disponíveis. No momento estamos na temporada da mexerica. Daqui a um tempo será a laranja”, falou.

Priorizar o que entra no carrinho

De acordo com a profissional, em se tratando de escolhas para economizar, a priorização dos alimentos deve acontecer desde o início da compra, colocando no carrinho os itens essenciais, para não cair nas tentações de itens que pode ser dispensáveis.

“Arroz e feijão fazem parte da nossa alimentação diária, dão sensação de saciedade e tem nutrientes que precisamos. Então é importante priorizá-los”, explicou.

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Fonte:G1