Airbus cai no vermelho mas diz estar preparada para superar a crise




Nos primeiros seis meses do ano, o grupo registrou perdas de 1,9 bilhão de euros. O colapso do tráfego aéreo deixou a fabricante de aeronaves Airbus no vermelho neste primeiro semestre do ano, mas a fabricante de aviões europeus garante que está pronta para atravessar a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
Nos primeiros seis meses do ano, o grupo registrou perdas de 1,9 bilhão de euros (US$ 2,2 bilhões). Sua rival americana, Boeing, perdeu por sua vez US$ 2,4 bilhões e sofre também com a crise de seu avião 737 MAX, embora sua atividade de defesa seja mais sólida.
Foto de arquivo de 13 de novembro de 2006 mostra um Airbus A380 da Air France decolando do aeroporto de Toulouse, na França
Blagnac Eric Cabanis / AFP
“O impacto da pandemia de Covid-19 em nossas finanças é muito visível no segundo trimestre, com as entregas de aviões comerciais divididas por dois em relação ao ano passado”, observou o presidente executivo da Airbus Guillaume Faury, citado em comunicado.
A Airbus registrou 298 perdas líquidas no primeiro semestre e entregou 196 aviões neste período.
O segundo trimestre foi especialmente complicado, com apenas 74 aviões entregues, enquanto a Boeing entregou 20. No total, a Airbus não conseguiu entregar 145 aviões durante o semestre devido à epidemia.
As entregas de aviões são um indicador confiável da lucratividade do setor de aviação, porque os clientes pagam a maior parte da fatura quando recebem as aeronaves.
Em termos de faturamento, foram 18,5 bilhões de euros (US$ 21,7 bilhões) no primeiro semestre, 39% a menos. Na divisão de aviões comerciais, o faturamento foi de 12,5 bilhões de euros (US$ 14,66 bilhões), 48% a menos.
As perdas operacionais foram de 1,6 bilhão de euros (US$ 1,87 bilhão), com uma carga de 332 milhões de euros (US$ 390 milhões) relacionada ao fim do A380, o maior avião de passageiros do mundo, previsto para 2021.
O grupo também registrou 900 milhões de euros (US$ 1.055 milhões) em cargas sobre seu resultado operacional devido à Covid-19.



Fonte: G1