“Agora o lucro não importa, é me manter no jogo”, diz dono de loja de gibi em ponto turístico de SP




Antes da pandemia, Praça Benedito Calixto abrigava feira cultural que movimentava uma cadeia de duas mil pessoas, que trabalham em lojas e restaurantes no entorno da praça. Com a solidariedade dos clientes e o suporte de canais digitais, os comerciantes e artistas da Praça Benedito Calixto, um tradicional ponto turístico de São Paulo, vem resistindo à crise provocada pela pandemia. Por enquanto, a prioridade é pagar as contas e os funcionários.
É a primeira vez em 32 anos que a Praça Benedito Calixto fica vazia. Antes da pandemia, no local acontecia, aos sábados, uma feira de antiguidades, gastronomia e música, com mais de 300 expositores. Um negócio que movimentava uma cadeia de duas mil pessoas que trabalham em lojas e restaurantes no entorno da praça.
Sem o público da feira, empresários e artistas tiveram que se virar para manter os negócios.
“A feira era o coração da loja, porque atraía muitos curiosos. O pessoal vinha na feira e subia na minha loja”, conta Guilherme Lorandi, dono de uma loja de gibi, ao lado da praça.
Para enfrentar os meses de fechamento, Guilherme criou um e-commerce. “A pandemia trouxe o comércio online que a gente não tinha. Com portas fechadas, tínhamos que fazer uma maneira de sair daqui”, afirma.
Guilherme precisou entrar no mundo digital para salvar seu negócio
Reprodução TV Globo
Os curiosos que frequentavam a feira e passavam pela loja do Guilherme alavancavam os negócios. Agora, sem esse fluxo de pessoas, o jeito foi caprichar no cenário pra conquistar mais clientes nas redes sociais.
“Recuperar faturamento não consegui, mas conseguimos pagar o aluguel, funcionários, as editoras. A gente tá conseguindo patinar. Agora o lucro não importa, é me manter. O importante é não deixar peteca cair. De jeito maneira”, diz Guilherme.
Veja a reportagem completa:
Comerciantes da Praça Benedito Calixto, ponto turístico de SP, lutam pra sobreviver



Fonte: G1