A suspeita de que diretores da Americanas articulam delação premiada


Cresce a suspeita entre pessoas próximas ao caso da Americanas de que dois diretores da empresa se prepararam para articular acordos de delação premiada sobre a fraude constatada dentro da companhia. As condições diferenciadas de demissão da diretora de controladoria, Flávia Carneiro, e o diretor financeiro, Marcelo Nunes, fomentam a leitura. Os dois foram beneficiados com a demissão convencional, com todos os direitos garantidos, mesmo sendo peças-chave nas operações sob investigação. Os demais diretores foram demitidos por justa causa.

Outro benefício concedido pela empresa foi a manutenção do pagamento dos advogados de ambos, em detrimento do cancelamento dos demais.

Há três meses, já havia chamado a atenção o fato de ambos terem entrado com pedidos para que não fossem ouvidos nas investigações conduzidas pela Polícia Federal. Tanto os advogados de Flávia quanto de Nunes, respectivamente Edgard Monteiro de Menezes e Davi Tangerino, reivindicaram o direito ao silêncio e, apesar da negativa da Polícia Federal (PF), conseguiram habeas corpus que os poupou de prestar depoimento.

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