“Cadê aquela reforma que estava aqui?” Com 30 anos de tentativas, a reforma tributária foi aprovada no Brasil no ano passado. Mesmo assim, ela ainda não passou pela regulamentação.
Isso significa que o novo tipo de cobrança de impostos está definido, mas ainda falta decidir quais serão as alíquotas (taxas) das cobranças de cada categoria de produtos.
Depois da Câmara, a bola da vez está com o Senado, que já viu mais de 1.200 propostas de mudanças no projeto original serem apresentadas. Basicamente, os senadores não param de apresentar emendas.
🐢 Tem jabuti no meio disso… Acontece que nem todas — para não dizer a maioria — das sugestões tem a ver com o objetivo inicial do texto de definir quais vão ser as taxas dos impostos pagos pelos brasileiros.
Na política, emendas que não têm nada a ver com o tema principal da proposta são conhecidas por “jabutis”. A intenção é aprovar as ideias sem que ninguém perceba ou discuta elas a fundo — já que o foco principal é outro.
Sem padrão: A maioria das emendas é de pedidos de isenção de impostos que podem atingir desde os produtos da cesta básica e medicamentos até explosivos militares, esterco animal e remédios de disfunção erétil.
No fim das contas, as isenções têm que ser compensadas de alguma forma, aumentando indiretamente os tributos de outras áreas. É exatamente isso que pode fazer a Reforma deixar o Brasil com o maior imposto agregado do mundo.
Fonte: TheNews com Insider
