2ª onda da pandemia acaba com esperanças de rápida recuperação na zona do euro, diz Comissão Europeia | Economia


A segunda onda da pandemia de coronavírus destruiu as esperanças de uma rápida recuperação econômica na zona do euro, admitiu nesta quinta-feira (5) a Comissão Europeia, ao anunciar as novas previsões para 2020 e 2021.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cairá 7,8% este ano e a recuperação em 2021 será menos expressiva que o esperado: +4,2%, contra +6,1% da estimativa de julho, segundo as previsões da própria Comissão, apontou a France Presse.

“A segunda onda destrói nossas esperanças de uma recuperação rápida”, disse Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão. “A produção econômica da União europeia não vai retornar aos patamares de antes da pandemia em 2022”, completou.

Valdis Dombrovskis, da Comissão Europeia, em imagem de arquivo — Foto: Eric Vidal/Reuters

No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 12,7%, apontando forte recuperação após o tombo histórico entre abril e junho. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, no entanto, o conjunto das 19 economias que usam a moeda comum europeia ainda aponta queda de 4,3%.

A Comissão Europeia aponta que as medidas para proteção do emprego ajudaram a amortecer o impacto da pandemia no mercado de trabalho. Ainda assim, o desemprego deve continuar crescendo, conforme os países retiram as medidas de estímulo implantadas durante a pandemia.

Com isso, a taxa de desemprego na zona do euro, que ficou em 7,5% em 2019, deve alcançar 8,3% este ano, subindo para 9,4% em 2021, antes de voltar a recuar, para 8,9%, em 2022.

Já para a União Europeia, as estimativas são de desemprego de 7,7% em 2020, 8,6% em 2021, e 8% em 2022. Em 2019, ficou em 6,7%.

Além disso, a dívida pública da zona do euro vai superar 100% do PIB em 2020, devido aos gastos extraordinários dos países para reativar suas economias ante a pandemia do coronavírus.

De acordo com o Executivo europeu, o déficit público deve passar de 0,6% em 2019 para 8,8% em 2020, antes de voltar a recuar em 2021, para 6,4%, com a redução dos gastos de emergência em apoio durante a pandemia.

Com isso, as projeções indicam que a zona do euro deve encerrar 2020 com uma dívida pública acumulada equivalente a 101,7% do PIB. O nível permanecerá acima de 100% nos próximos dois anos: 102,3% em 2021 e 102,6% em 2022.

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Fonte: G1