1 em cada 4 pessoas vive em famílias com restrição de acesso à saúde, diz IBGE | Economia


O levantamento, que abrange os anos de 2017 e 2018, aponta que 26,2% das pessoas pertenciam a famílias que tiveram alguma restrição a serviços de saúde. Outros 16,4% pertenciam a famílias com alguma restrição de acesso a medicamentos.

“A falta de dinheiro foi o principal motivo alegado para restrição ao acesso aos serviços de saúde (16,9%) e para a aquisição de medicamentos (11,0%)”, diz a analista do IBGE Isabel Martins. Outros 8,1% apontaram falta do produto ou serviço.

Restrição de acesso à saúde — Foto: Economia G1

A famílias com crianças tiveram maiores restrições em serviço de saúde (12,9%) e medicamentos (8,4%) do que famílias com idosos (5,7% e 3,7%, respectivamente).

De acordo com a posição de ocupação da pessoa de referência, observa-se que as de conta própria foram as com maiores restrições, tanto em medicamentos (3,9%) como em serviços médicos (6,3%) e as menores foram de empregadores (0,3% e 0,6%, respectivamente).

A pesquisa apontou que a despesa per capita (por pessoa) com saúde foi de R$ 133,23, sendo R$ 90,91 na forma monetária, quando ocorre desembolso direto para aquisição do produto ou serviço. Já a despesa não monetária foi de R$ 42,32. Nesse caso, não há desembolso e o produto ou serviço é fornecido pelo estado ou outras entidades.

Do total de despesas, a maior parte foi com serviços de saúde (R$ 86,48) e o restante com medicamentos e produtos farmacêuticos (R$ 46,75).

A pesquisa também apontou que as despesas com assistência à saúde são quase o dobro entre as famílias chefiadas por brancos em relação às chefiadas por pretos e pardos: R$ 183,94 e R$ 94,99, respectivamente. Já a diferença entre famílias chefiadas por homens e mulheres é menos acentuada: R$ 133,89 e R$ 132,27, respectivamente.

A pesquisa também apontou que apenas 18,1% das pessoas viviam em famílias em que todos possuíam plano saúde e 17,4% em que ao menos uma pessoa tinha o serviço. A maioria, contudo, vivia em famílias em que ninguém tinha plano de saúde (64,4%).

Das pessoas que vivem em famílias com todos com plano de saúde, 10,3% tem o local do domicílio na Região Sudeste e 0,6% na Região Norte. Por outro lado, das pessoas que residem em famílias com ninguém com plano de saúde, 23,5% vivem na Região Sudeste e 4,7% na Região Centro-Oeste.

No período, 44,6% das pessoas viviam em famílias que avaliaram a saúde como boa, 28,9% como satisfatória e 26,5% como ruim.

Dos que avaliaram a saúde ruim, 22,1% residiam em áreas urbanas e 4,3% em áreas rurais. A avaliação da saúde foi diferente entre as regiões.

O maior percentual dos que avaliaram a saúde como boa foi do Sudeste (19,7%) e o menor, do Norte (3,3%). Já a maior proporção de avaliação ruim foi no Sudeste (10,3%) e a menor, no Centro-Oeste (1,90%).

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Fonte: G1