VÍDEO: Explosão em porto do Líbano matou pelo menos 50 e feriu mais de 2500 pessoas

Nesta terça-feira (04/08), uma explosão deixou ao menos 50 pessoas mortas. A explosão aconteceu no porto de Beirute, capital do Líbano. Autoridades afirmam que pelo menos 2.500 pessoas ficaram feridas. Segundo informações preliminares de agências de notícias do país, a informação das autoridade é de que ao menos 50 pessoas morreram, e cerca de 2.500 pessoas ficaram feridas.

Apenas um hospital da capital libanesa registrou a entrada de mais de 400 pessoas, que teriam se ferido por conta da explosão. O responsável pelo porto afirmou que uma equipe de 10 bombeiros, que trabalham no porto, foram os primeiros a chegarem e local e, após a explosão, estão desaparecidos. Ainda não se sabe quais as causas da explosão.

Hamad Hasan, o ministro da Saúde do país, afirmou para uma emissora de TV que existem diversos feridos e os danos causados foram grandes. Existe a suspeita de que a explosão tenha acontecido em um galpão do porto, que estaria armazenando fogos de artifícios. Imagens postadas nas redes sociais mostram mostram muita fumaça no local e, de repente, a explosão acontece. Ainda nas imagens é possível ver os prédios mais próximos ao local da explosão, sendo destruídos.

MARINHA BRASILEIRA ESTÁ NO LOCAL

O responsável pela operação da Marinha Brasileira no porto de Beirute, Contra-Almirante Salgueirinho, afirmou à uma emissora de TV brasileira que o porto é responsável por cerca de 80% dos produtos que chegam no país. Ele disse também que a equipe fazia patrulha do mar, ao redor do porto, quando ouviram a explosão.

A fragata brasileira Independência, nau capitânia da Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), não estava no porto de Beirute na hora da explosão. Ela está no Mediterrâneo, patrulhando a região. A embarcação leva cerca de 200 marinheiros. A Unifil foi criada em 2006 para verificar a retirada israelense do sul do Líbano e evitar o contrabando de armas por via marítima, após um dos inúmeros embates entre as duas partes nas últimas décadas. Ela foi a primeira força da ONU a contar com uma missão naval, que é comandada pelo Brasil desde 2011. Até agora, não houve relato de brasileiros feridos na explosão. O Líbano tem uma grande comunidade com relação com o Brasil: há mais descendentes e parentes de libaneses em solo brasileiro (entre 7 e 10 milhões) do que libaneses no país de origem (7 milhões).

RESULTADO DE JULGAMENTO SAI ESSA SEMANA

Nesta semana, está prevista a divulgação do veredito de um tribunal apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri —pai de Saad— em 2005. O resultado deve ser anunciado na sexta-feira (07/08).

Os réus, todos membros do movimento xiita Hizbullah, estão sendo julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia (Holanda), encarregado de ditar a sentença 15 anos após o atentado com um carro-bomba, em Beirute.

O ataque matou o bilionário sunita e outras 21 pessoas, além de ter deixado 256 feridos. O assassinato de Hariri, pelo qual quatro generais libaneses foram inicialmente acusados, desencadeou uma onda de protestos que forçou a retirada das tropas sírias do país, após 30 anos no Líbano.

O Hizbullah, que nega envolvimento no ataque, opõe-se a entregar os suspeitos, apesar de vários mandados de prisão do TSL. Hariri era considerado o principal líder dos sunitas no país, enquanto o Hizbullah, que tem apoio do Irã, representa parte da comunidade xiita.

O movimento não reconhece o TSL. Segundo analistas, o tribunal, estabelecido em 2007 após uma resolução do Conselho de Segurança da ONU a pedido do Líbano, tem sido questionado e representou um custo de vários milhões de dólares para o país.

O veredito do julgamento será divulgado na sexta-feira, às 11h (no horário local, 6h em Brasília), com “participação virtual parcial”, devido à pandemia de coronavírus, informou o tribunal.

O assassinato de Hariri “tinha um objetivo político”, afirmou a acusação durante o julgamento, lembrando que o ex-premiê “era visto como uma grave ameaça aos pró-sírios e aos partidários do Hizbullah”.

Se forem considerados culpados, os acusados poderão ser condenados a prisão perpétua. As sentenças serão divulgadas mais adiante. Acusação e defesa poderão recorrer e, se um dos acusados finalmente comparecer diante do tribunal, poderá solicitar outro processo.

Saad Hariri, filho de Rafik e que renunciou ao cargo de premiê em 2019, disse em um comunicado divulgado na semana passada que “não havia perdido a esperança na Justiça internacional e na revelação da verdade”. O atual primeiro-ministro, Hassan Diab, alertou que as autoridades “devem estar preparadas para enfrentar as consequências” do julgamento.

O primeiro suspeito, Salim Ayyash, 50, é acusado de homicídio doloso e de ter liderado a equipe que cometeu o ataque. Outros dois homens —Hussein Oneisi, 46, e Asad Sabra, 43— estão sendo julgados por filmarem um vídeo que reivindicava a autoria do crime em nome de um grupo fictício.

O último acusado, Hassan Habib Merhi, 52, enfrenta várias acusações, incluindo cumplicidade em um ato terrorista e conspiração para cometê-lo. Mustafa Badreddin, o principal suspeito e apresentado como o “cérebro” do atentado, não pode ser julgado porque morreu alguns anos após os eventos.

Analistas avaliam que a divulgação do veredito pode fazer ressurgir tensões no país, que passa por uma crise econômica sem precedentes.

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Fonte: Folha de S.Paulo / Plox Mundo
Fotos: divulgação