Três indivíduos foram presos pela Polícia Federal por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, no domingo (24). Entre os detidos estão os irmãos Brazão, Chiquinho e Domingos, conhecidos por sua influência política no Estado há vários anos, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
De acordo com as investigações da PF, os irmãos Brazão são suspeitos de serem os mandantes do assassinato, enquanto Rivaldo Barbosa é investigado por suposta obstrução de justiça relacionada ao caso Marielle.
Domingos Brazão atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, cargo para o qual foi eleito em 2015. Ele também serviu como vereador no Rio em 1996 e ocupou uma cadeira na Alerj por cinco mandatos consecutivos, de 1999 a 2015. Brazão foi preso em 2017 durante a operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato no Rio, sob suspeita de participar de um esquema criminoso para receber propinas de contratos do Estado. Em 2019, foi denunciado pela PGR por obstrução de justiça, mas a denúncia foi rejeitada pelo STJ.
Seu irmão, Chiquinho Brazão, foi vereador na Câmara Municipal do Rio pelo MDB por 12 anos, e em 2018 foi eleito deputado federal pelo Avante, sendo reeleito em 2022 pelo União Brasil. Em 2023, assumiu a Secretaria Municipal de Ação Comunitária, na gestão de Eduardo Paes, mas deixou o cargo em fevereiro de 2024, coincidindo com notícias sobre uma possível delação de Ronnie Lessa.
O terceiro detido, Rivaldo Barbosa, foi nomeado chefe da Polícia Civil do RJ em 13 de março de 2018, um dia antes do assassinato de Marielle. Anteriormente, ele era coordenador da Divisão de Homicídios, onde tinha contato com a vereadora, conhecida por seu trabalho na bancada de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores do Rio.
Fonte: Fonte Certa