Os profissionais da educação de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, ameaçam entrar em greve. O anúncio foi feito pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) após uma assembleia realizada na quinta-feira (20). O sindicato afirmou que a categoria está em estado de greve, o que significa que as aulas podem ser paralisadas a qualquer momento.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Sepe Lagos, o governo municipal tem se recusado a dialogar com o sindicato e atender às reivindicações básicas dos educadores. A poucos dias da database, a Prefeitura não tem respondido aos pedidos de audiência do sindicato para debater o reajuste salarial e o risco iminente de descumprimento do piso nacional do Magistério.
Entre as reivindicações dos profissionais da rede municipal de educação de Cabo Frio estão o cumprimento do piso nacional e reajuste digno para todos; imediata concessão dos enquadramentos; quitação dos resíduos trabalhistas; cumprimento do 1/3 extraclasse, e convocação imediata de concursados para ocupação de todas as vagas reais.
O estado de greve, segundo o comunicado, é um aviso ao governo de que, se a educação continuar neste rumo de desvalorização, desinvestimentos e retirada de direitos, a categoria poderá deflagrar greve por tempo indeterminado. O Sepe Lagos informou que os detalhes e as propostas aprovadas na assembleia serão publicados em breve no site do sindicato.
Vale ressaltar que em assembleia realizada no dia 29 de março, o Sepe Lagos informou que a Secretaria Municipal de Educação havia respondido ao pedido de audiência feito pelo sindicato para tratar do reajuste e do piso salarial, alegando que esses assuntos seriam de competência da Secretaria Municipal de Administração, segundo determinado por decreto pelo prefeito José Bonifácio. No entanto, o sindicato ainda busca marcar audiência para tratar dos demais temas, como os enquadramentos, PCCR e concurso, entre outros, “porém esta reunião continua sem data confirmada”.