Taxista é feita refém durante assalto, ‘salta’ do carro e suspeito acaba morto em Curitiba: “escapei da morte”


Uma taxista, de 53 anos, passou por momentos aterrorizantes durante uma corrida em que recebeu voz de assalto e foi agredida pelo criminoso. O assaltante chegou até ela, na tarde desta sexta-feira (10), que estava parada em um ponto da Av. República Argentina, no bairro Portão, em Curitiba, e solicitou uma corrida, mas no meio do caminho anunciou o assalto. Em determinando momento, ela saltou do carro e o suspeito continuou conduzindo o veículo, porém acabou morrendo após perseguição policial.

Em entrevista à Banda B, bastante abalada, a taxista relatou como tudo aconteceu. De acordo com ela, o rapaz chegou até ela, questionou quanto custaria uma corrida até a rua Carlos Dietzsch [Portão] e após a resposta aceitou seguir viagem. Em seguida, no meio do caminho, uma mulher deu sinal para o táxi e o rapaz pediu para que ela parasse pois seria sua mãe. “Parei o carro e ela entrou, pediu que desse uma carona pra ela até a [rua] João Bettega, e fomos”, descreveu.

Na sequência, ao entrarem na Av. República Argentina e pararem em um semáforo, o suspeito a apanhou pelo pescoço e desferiu um golpe com o revólver contra a cabeça dela. “Siga reto senão eu te mato”, ameaçou ele.

“Ele pulou no volante e queria que eu acelerasse o carro, mas logo coloquei a mão no cinto de segurança e o soltei. Nisso, puxei o trinco da porta e pulei para fora do carro e pedi ajuda”, afirmou a taxista.

Foto: Marcelo Borges/Banda B

A vítima ainda relatou que no momento em que saiu do carro, a suposta mãe do rapaz também teria pulado do veículo depois de questionar o suposto filho sobre o porquê de estar fazendo aquilo com a taxista. Contudo, o suspeito não respondeu e seguiu com o carro.

Imediatamente, a mulher, ao pedir ajuda, foi amparada por um outro taxista que estaria logo atrás dela, e se dirigiram à central de táxi a fim de conseguir localizar o automóvel levado.

Perseguição

Ao chegarem na central, os taxistas localizaram o veículo e acionaram a Polícia Militar (PM), que cercaram o local para onde ele estaria indo. “Vimos que ele estava indo para Araucária e a polícia e outros taxistas foram em direção a ele”, descreveu.

Em seguida, já na Av. das Nações, no bairro Capela Velha, em Araucária, o assaltante acabou perdendo o controle do veículo e se envolveu em uma colisão. Após o acidente, o criminoso deixou o carro para trás, pulou o muro dos fundos de uma empresa e dentro do terreno houve a troca de tiros.

Ele foi atingido por disparos e não resistindo aos ferimentos, morrendo no local.

“Acho que o trabalho da polícia foi bem feito e só tenho que agradecer a Deus por estar aqui, pois se eu tivesse ficado no carro ele teria me matado. Escapei da morte”, disse a taxista.

Há 15 anos na profissão, a vítima relatou emocionada as cenas de terror e destacou que se tivesse ficado no carro teria morrido. “Não imaginei que aconteceria isso. Peguei ele próximo a um hospital e passei por isso. Quando ele pegou no meu pescoço e me bateu, já sabia que morreria”, concluiu.



Fonte: Banda B