SEPE Lagos denuncia sobrecarga de trabalho na volta às atividades em Cabo Frio

SEPE Lagos denuncia sobrecarga de trabalho na volta às atividades em Cabo FrioPUBLICADA ORIGINALMENTE NA FOLHA DOS LAGOS

Na volta das atividades on-line e presenciais, os servidores efetivos da Educação de Cabo Frio terão que dar conta do trabalho dos contratados, que tiveram o vínculo encerrado no fim de abril. A denúncia de sobrecarga de trabalho foi feita pela coordenadora-geral do sindicato da categoria (SEPE Lagos), Cíntia Machado, após reunião do Conselho Municipal de Educação, realizada na última terça-feira (18/08).

De acordo com a sindicalista, funcionários das áreas de serviços gerais (ASG) e de apoio terão que se desdobrar, fazendo o próprio serviço e cobrindo em outra escola o trabalho de um contratado, que estava entre os três mil dispensados no fim de abril. Do mesmo modo, os professores efetivos terão que orientar e tirar dúvidas de alunos de docentes que tiveram o contrato rescindido.

– Isso (trabalhar em outras escolas) está errado. Eles escolheram a lotação. Houve concurso de remoção. E mesmo quem não passou por concurso de remoção, escolheu a lotação no ato da posse. Até mesmo os professores. Foi feito um agrupamento por escolas em que a escola que o professor foi demitido, vão ter atendimento por parte do professor efetivo de outra escola. Até no sentido pedagógico, isso é ruim. Educação é afetividade. Paulo Freire já dizia que escola é gente. Não é só paredes e livros – argumenta a sindicalista.

No mês passado, a Secretaria de Educação (SEME) enviou para as direções de escola um memorando em que abre a possibilidade de trabalho presencial, em sistema de rodízio, nas unidades, conforme a necessidade.

Com relação aos alunos, não há previsão de retorno às aulas, mas depois de cinco meses, foi criada uma plataforma de atividades que podem ser impressas e preenchidas, a qual 8.138 alunos da rede pública se cadastraram, até quarta-feira (19/09), ou seja, 25% do total da rede. Quem não tiver condições ou optar por outra forma de estudo, poderá retirar apostilas nas escolas, a partir de setembro.

Contudo, em meio a essas movimentações, os servidores cobram o fim do escalonamento e dos atrasos salariais, além de questionar a necessidade de retorno ao trabalho. Por esse motivo, a categoria optou pela chamada ‘Greve pela Vida’ e cobra maior diálogo com o governo.

Por sua vez, em nota, a SEME informou que, devido à excepcionalidade do cenário atual da pandemia do novo coronavírus, e para melhor atender aos alunos, todos os servidores da pasta poderão exercer suas funções de diversas maneiras, respeitada a carga horária de cada profissional, para prestação de serviço à rede municipal.

A Secretaria ressalta que segue dialogando com o Conselho Municipal de Educação (CME) para viabilizar todas as questões inerentes ao setor, incluindo a validação das atividades remotas e em apostilas como carga horária do ano letivo. Vale destacar que as estratégias visam minimizar os impactos trazidos pela Covid-19 na vida escolar dos 31.953 alunos da rede.

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Fonte: Folha dos Lagos
Fotos: divulgação