SEPE Lagos denuncia memorando que faz “convocação velada” de servidores das escolas de Cabo Frio

O SEPE Lagos denunciou um memorando interno da Secretaria Municipal de Educação (SEME) de Cabo Frio em que o próprio secretário Ian Eduardo de Carvalho assina, e que editou esse documento em 24 de julho, autorizando direções das escolas a convocarem trabalhadores para o retorno às atividades laborais presenciais.

Uma assembleia do SEPE Lagos com a categoria foi feira – de forma online – no último dia 31 de julho para, entre outros assuntos, conscientizar os professores sobre o risco dessa convocação. O SEPE Lagos denuncia que o memorando foi “imposto” sem que o sindicato tivesse conhecimento prévio de seu conteúdo.

Nesse documento, a SEME determina inclusive que as escolas que possuam auxiliares de serviços gerais (ASGs) concursados já podem elaborar escala de trabalho para a limpeza e manutenção das unidades. Segundo o sindicato, o memorando também libera a convocação de outros profissionais administrativos, como os que atuam nas secretarias, para realizar trabalhos internos e inclusive prestar atendimento presencial ao público mediante prévio agendamento.

Em ambos os casos, a Seme se limita a recomendar que os profissionais trabalhem “preferencialmente” em sistema de rodízio. “Este memorando de Ian Carvalho foi encarado pelos educadores como um ultraje à categoria, pois prioriza a limpeza e a manutenção das escolas invés das vidas que estão ameaçadas pela pandemia da Covid-19. E pior, o documento reforça de maneira revoltante o tratamento desigual dado pela SEME a estes trabalhadores mesmo quando o assunto é preservar a saúde em meio a uma crise sanitária sem precedentes históricos”, divulgou o sindicato.

“RETORNO AGORA É MORTE: EM CABO FRIO, GREVE PELA VIDA!”

Por conta disso, e mais uma vez com os salário atrasados, os profissionais de educação deliberaram mais uma vez pela GREVE, dessa vez uma “Greve Pela Vida” orientando os concursados que forem convocados pelas escolas a não retornarem às atividades até que a Prefeitura volte à mesa de negociação com o SEPE Lagos.

“Isso significa que o Sepe Lagos recomenda não apenas aos efetivos que venham a ser convocados que se recusem a retornar às escolas, mas também orienta aos docentes que boicotem de maneira intransigente qualquer tentativa de implantação de atividades pedagógicas à distância. Que façam isso em solidariedade aos ASGs, porteiros, inspetores de alunos, agentes de secretaria e outros trabalhadores administrativos. E que façam isso também em solidariedade aos profissionais contratados demitidos que, nesta pandemia, foram jogados na rua como se fossem lixo por esta prefeitura, sem qualquer tipo de amparo”,  divulgou o sindicato.

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Fonte: Redação / Plantão
Fotos: divulgação