No Dia Internacional da Mulher, um estudo revelou que o município de São Pedro da Aldeia é a segunda pior cidade para as mulheres no Brasil. A pesquisa, que analisou 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacou problemas graves em todo o país. Segundo o levantamento, 85% das cidades brasileiras apresentam altos índices de feminicídio, baixa representatividade política feminina e desigualdade salarial. Macaé (RJ) também figura no ranking com indicadores preocupantes.
Realizada pela Tewá 225, a pesquisa revelou que 99% dos municípios analisados possuem taxas de feminicídio extremamente altas, superando três casos para cada 100 mil mulheres. São Pedro da Aldeia ocupa a segunda posição, atrás apenas de Paranaguá, no Paraná. O estudo intitulado “Piores Cidades Para Ser Mulher” utilizou diversos indicadores para classificar as cidades, entre eles:
- Representatividade política
- Presença de mulheres que não estudam e nem trabalham
- Feminicídio
- Desigualdade salarial
- Relação entre o perfil econômico das cidades, com especial atenção ao impacto do agronegócio no contexto regional
A coordenadora executiva do estudo, Luciana Sonck, afirmou que o levantamento serve como uma ferramenta crucial para que os novos gestores compreendam as disparidades persistentes e adotem políticas públicas mais eficazes. “Este estudo se apresenta como uma ferramenta para que os novos gestores compreendam as disparidades que ainda persistem identificadas na pesquisa e adotem políticas públicas mais assertivas”, destacou Sonck.
A situação alarmante em São Pedro da Aldeia e outras cidades brasileiras reflete a urgente necessidade de intervenções políticas e sociais que promovam a segurança, equidade e representatividade das mulheres.