Quase três toneladas de peixes mortos são retiradas de lagoas em Maricá, no RJ | Região dos Lagos


Quase três toneladas de peixes mortos foram retiradas das lagoas de Jacaroá e Caju, em Maricá (RJ), até o início da tarde desta terça-feira (16). Ao todo, 40 servidores da Prefeitura trabalham na operação.

De acordo com a secretaria de Cidade Sustentável, uma das razões para a ocorrência da mortandade seria a baixa oxigenação do sistema lagunar causada pela falta de chuvas frequentes na cidade há mais de um mês.

Quase três toneladas de peixes mortos são retiradas de lagoas em Maricá, no RJ — Foto: Divulgação/Prefeitura de Maricá

Além disso, em períodos de alta temporada, a população da cidade aumenta significativamente e há, ainda, a procura maior pelos trechos à beira da lagoa neste período de carnaval, o que aumenta o despejo de dejetos nas águas, segundo a secretaria.

De acordo com a pasta, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) será acionado para apurar o que causou a mortandade de peixes no trecho próximo a Jacaroá.

“Historicamente, é comum no mês de fevereiro termos esse problema nas lagoas por causa destes fatores. Vamos acompanhar a avaliação que o INEA deve fazer através da coleta de amostras”, explicou o subsecretário Guilherme Mota.

Peixes mortos estavam em duas lagoas em Maricá, no RJ — Foto: Divulgação/Prefeitura de Maricá

De acordo com o diretor de Conservação da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar), Rodrigo Fagundes, a operação de limpeza das lagoas foi iniciada na tarde de segunda-feira (15).

“Nós soubemos e destacamos equipes para irem aos locais e fazerem a limpeza das lagoas. O nosso trabalho começou às 18h e foi mais ou menos até as 3 da manhã, mas não acabou, enquanto tiver mortandade, nós continuaremos a limpeza. Acreditamos que isso ocorreu por conta do período prolongado sem chuva”, explicou Rodrigo, revelando que a espécie retirada das lagoas pelas equipes foi a Corvina.

Ainda de acordo com Rodrigo, a Somar enviou técnicos até o local do canal da Barra de Maricá para avaliar a real necessidade de abertura do canal. “Não é simplesmente abrir o canal, precisamos estudar para não causar o efeito reverso, que ao invés de trazer água do mar, vai ter o retorno e a lagoa vai secar mais ainda”, completou.



Fonte: G1