Polícia Civil investiga empresas de telefonia e internet que seriam usadas para lavar dinheiro do tráfico e da milícia

A Polícia Civil investiga empresas de fornecimento de telefonia e internet que são usadas como fachada por traficantes e milicianos para lavar dinheiro do crime em bairros do Rio de Janeiro e em cidades da Região Metropolitana. Uma das companhias investigadas também atua na Região dos Lagos.

De acordo com as apurações dos policiais, criminosos estariam cortando cabos que levam os serviços até as residências para obrigar moradores de uma determinada região a adquirir os planos destas empresas, que seriam braços financeiros das quadrilhas. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil (Draco) mapeou 16 delas. As que estariam ligadas às milícias ficariam em:

  • Rio das Pedras;
  • Taquara;
  • Guaratiba;
  • Jacarepaguá;
  • Gardênia Azul;
  • São João de Meriti.

Uma das empresas investigadas, que atua na Ilha do Governador, na Zona Norte da capital, seria uma associação entre milicianos e traficantes. Estes grupos são chamados de narcomilícias. Outras nove empresas denunciadas e que estão sendo investigadas seriam ligadas ao tráfico de drogas estariam em outras localidades.

  • Estácio;
  • Parada de Lucas;
  • Caju;
  • Belford Roxo;
  • São João de Meriti;
  • Araruama;
  • São Gonçalo.

Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, relatam dificuldades diárias por conta da ação de criminosos. “Agora eles cortaram completamente a telefonia e a internet. Os bandidos obrigam os moradores a usar a internet do tráfico. Estamos indo para 20 dias sem internet e sem telefone fixo”, contou um morador, que não quis ser identificado por medo de represálias. Durante a pandemia, a necessidade dos serviços de telefonia e internet aumentou. Quem vive nestas regiões afirma que fica isolado.

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©Plantão dos Lagos
Fonte: Portal G1
Fotos: divulgação