Pinguins em reabilitação trocam penas e adotam “fantasias” naturais no Carnaval

Os pinguins Pirata, Cenourinha e Lilica, em reabilitação no Instituto Albatroz, passam por troca de plumagem às vésperas do Carnaval. O processo, essencial para a saúde das aves, confere novos formatos e cores às penas do trio.

Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, em Araruama, na Região dos Lagos, entrou no clima de Carnaval com uma mudança especial: os pinguins-de-Magalhães Pirata, Cenourinha e Lilica, que estão em reabilitação, começaram a trocar suas penas, conferindo ao trio um visual renovado. O destaque fica por conta de Lilica, que adotou um estilo ‘moicano’, trazendo um toque de irreverência ao processo natural de muda.

Segundo a médica veterinária Daphne Goldberg, responsável técnica do instituto, a primeira muda acontece nos animais juvenis e marca a transição para a vida adulta. “É um processo pelo qual os pinguins passam para perder suas penas velhas, abrindo espaço para as novas. Na primeira muda, as aves trocam a plumagem juvenil, com padrão acinzentado, por uma plumagem característica de adultos, com as cores preto e branco bem definidas. Durante esse período, que dura de duas a três semanas, é comum que fiquem inchados, mal-humorados e sem apetite”, explica.

A troca de penas, no entanto, não ocorre apenas nessa fase. “Ela acontece todos os anos. Em vida livre, as penas dos pinguins são essenciais para mantê-los aquecidos e secos nas águas geladas do oceano. Com o tempo, essas penas podem ficar desgastadas ou danificadas, tornando o processo de muda essencial para que cresçam novamente, mais fortes e saudáveis”, detalha Daphne Goldberg.